Ondjiva - Pelo menos 30 mil mudas de diferentes espécies de plantas, produzidas no viveiro florestal do Xangongo, província do Cunene, ficaram destruídas em consequência da degradação da cobertura e do sistema de irrigação.
A informação foi prestada, esta segunda-feira, pelo chefe do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) no Cunene, Dumbo Mupei, realçando que no ano de 2022 houve uma produção transitória que foi consumida pela seca.
Esclareceu que o viveiro está degradado há mais de cinco anos e clama por uma intervenção urgente na parte de cobertura de protecção e do sistema de irrigação, para garantir a humidade das mudas.
“Devido a intensidade de radiação solar nesta região, não é possível manter vivas as mudas, daí ser indispensável a cobertura para o crescimento sustentável”, sublinhou.
Entretanto, referiu que a instituição está a efectuar contactos junto do órgão central e do governo para recuperação de pelo menos duas das quatro naves existentes.
Disse que o desafio é até finais de Fevereiro ver recuperado duas naves, para que o viveiro possa produzir pelo menos 50 por cento da capacidade.
Construído em 2010, o viveiro de Xangongo tem a capacidade de produção anual de 250 mil plantas florestais, ornamentais e fruteiras em ambiente controlado.
Implantado numa área de 10 hectares, a estrutura com quatro naves, foi criada no âmbito do programa de combate à desertificação.
A infraestrutura nunca beneficiou de qualquer reabilitação, o que impossibilita a produção para corresponder com a demanda do programa de repovoamento florestal.
Durante o ano de 2021 foram distribuídas e plantadas apenas 500 mudas.