Países africanos abordam incumprimentos do Acordo de Paris

     Ambiente           
  • Luanda     Domingo, 03 Setembro De 2023    21h53  
Cidade de Nairobi
Cidade de Nairobi
Custódia Sinela-ANGOP

Nairóbi (Da enviada especial) - Os países africanos vão procurar, a partir segunda-feira, em Nairóbi, Quênia, discutir, na primeira Cimeira Africana sobre o Clima, os financiamentos prometidos desde o Acordo de Paris, em 2015.

“Tais promessas não aconteceram até aos dias de hoje”,  afirmou a ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho, na noite deste domingo,  à imprensa a propósito dos preparativos do país ao evento.

A governante, que integra a delegação chefiada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, lembra que Angola, em particular, e África no geral, são os países que menos poluem,mas que sofrem “drasticamente” as consequências da poluição causada pelos países industrializados.

“Apelamos, mais uma vez, que esse financiamento seja disponibilizado para a implementação das acções previstas para a redução dos níveis da temperatura a nível mundial”, disse. 

O Tratado Internacional sobre Clima de Paris foi assinado por 195 países da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima.

O diploma  entrou em vigor a 4 de Novembro de 2016, depois de adoptado em Dezembro de 2015, e os países industrializados, os mais poluidores, comprometeram-se em financiar projectos de mitigação e adaptação dos efeitos climáticos nos países menos poluidores, com destaque para África.

De uma forma global, os 195 países, incluindo Angola, comprometeram-se também em reduzir  as emissões de gases de efeito de estufa (GEE), o que se resumiria em manter a temperatura média da terra abaixo de dois graus centígrados (2oC).

Ana Paula de Carvalho afirmou que, na altura, foi acordado a realização de acções para a redução das temperaturas.

Falhas “puxam” novo compromisso 

Face aos incumprimentos verificados, os países vão assinar um novo compromisso para a redução dos gases de efeito de estufa (GEE), um documento a  ser apresentado na Conferência das Partes sobre Clima-COP28, a decorrer em Dezembro nos Emirados Árabes Unidos.

Apesar de pouco poluidor, particularmente sobre os GEE, Angola  continua a trabalhar, contribuindo na redução das emissões, com a construção de projectos de energias limpas, cuja matrix  energética é liderada por fonte hídrica na ordem dos 56%, ou seja, 3.320,12 megawatts.

A transição energética também é outra aposta que se quer justa, um processo que já conta com centrais fotovoltaicas em algumas regiões do país.

Conforme a ministra, Angola precisa criar resiliência nas comunidades devido às alterações climáticas e a criação de estações de alerta rápida, sobretudo no Sul do país, onde se tem registado secas e cheias prolongadas.NE/VM



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