Cuito - Um milhão e 100 mil árvores, entre eucaliptos, cedros, pinheiro, parical e outras, foram plantadas entre Dezembro de 2022 a presente data, no polígono florestal do Belchior, na comuna da Chipeta, município de Catabola, província do Bié.
A informação foi avançada este domingo pelo director geral da empresa “Reform Reflorestamento”, Duarte Gomes, responsável pela gestão do polígono florestal do Belchior, durante a visita de trabalho do secretário de Estado das Florestas, André Moda, realizada no quadro da abertura da Campanha florestal/2023.
Este projecto, das Forças Armadas Angolanas (FAA), prevê atingir, até Dezembro deste ano, um milhão e 800 mil plantas, numa área de mil 500 hectares.
Já nos próximos 15 anos, a projecção é de se plantar 100 mil hectares com árvores diversas, num investimento que vai rondar os 40 milhões de dólares.
Com um investimento actual de 10 milhões de dólares, o projecto controla 470 trabalhadores, incluindo os do centro de muda (Catabola) e dos polígono da Ganga, em Calussinga, no município do Andulo, também geridos pela Reform Reflorestamento.
Duarte Gomes manifestou-se, no entanto, preocupado com os preços dos fertilizantes, actualmente fixado em 30 mil kwanzas, o que exige maior investimento financeiro por parte do Instituto Nacional de Segurança Social das FAA.
Entretanto, o secretário de Estado das Florestas, André de Jesus Moda, solicitou a colaboração dos governos provinciais, na cedência de espaços para projectos ligados à plantação de árvores, visando despertar os empresários a investirem em projectos do género, para contribuírem no repovoamento das florestas.
André Moda, que procedeu, no sábado, a abertura da Campanha florestal/2023, na província do Huambo, lembrou que, até 1978, Angola era um dos países com maior polígono florestal a nível da África, daí a importância de haver mais investimento em projectos similares.
Tendo em conta a situação, disse, no país foram assinados 11 contratos de concessões florestais com empresas nacionais em diversas províncias, com destaque para o Bié, Huambo, Cuando Cubango e outras vocacionadas na produção e plantação de árvores.
Por seu turno, o cônsul do Uruguai em Luanda, Jorge do Amaral, integrante na comitiva, mostrou-se impressionado com o nível de execução do polígono florestal do Belchior e prometeu incentivar os empresários do seu país a investir em Angola, na área das florestas.
“O Uruguai é um país muito forte na agricultura, essencialmente na produção de cereais, na pecuária e florestas, por isso, pensamos em trazer empresas que aspiram apostar na transferência de tecnologia para alavancar projectos florestais e não só", realçou o diplomata.BAN/PLB