Primeira-dama apela aposta na investigação científica

     Ambiente           
  • Luanda     Terça, 26 Julho De 2022    16h33  
Ana Dias Lourenço, Primeira Dama da República de Angola
Ana Dias Lourenço, Primeira Dama da República de Angola
Rosário dos Santos

Luanda - A Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, exortou, esta terça-feira, as empresas e universidades a engajarem-se no processo de investigação científica, com o apoio das novas tecnologias, para a busca de modelos inovadores de preservação dos ecossistemas.

Ana Dias Lourenço, que falava no acto de comemoração do Dia Africano dos Mares e Oceanos, defendeu que a investigação contribuiria para a mudança dos hábitos de consumo.

Lembrou que, em Angola, está em fase de produção um conjunto de regulamentação em matéria de combate à poluição, como a Estratégia Nacional para o Mar e o Ordenamento do Espaço Marinho.

No entanto, reconheceu a necessidade de se reforçar as políticas públicas, no sentido de se diminuir a utilização de sacos de plástico e de outro lixo marinho.

A Primeira-dama da República afirmou que a poluição marinha por plásticos tornou-se uma preocupação mundial, pela sua contribuição  nas alterações climáticas e na degradação ambiental marinha.

Considerou urgente o combate à poluição marinha, particularmente contra os detritos plásticos, ampliando os programas de sensibilização e de consciencialização da  população das zonas costeiras.

A poluição marinha, designada também por lixo marinho, é composta por vários produtos utilizados que são lançados aos mares, deliberada ou acidentalmente. Dentre o lixo marinho encontram-se vários  materiais, dentre eles o metal, a madeira processada, borracha, vidros, têxteis, papel e plásticos, entre outros. 

Dados do Banco Mundial revelam que 80% do lixo marinho é constituído por plástico, enquanto a União Africana refere a chegada aos mares e oceanos de cerca de oito milhões de toneladas de plásticos anualmente, que interferem não só nos ecossistemas marinhos, mas também na saúde humana

Ana Dias Lourenço disse ser momento para se criar as condições necessárias para que as mulheres do mar desenvolvam todo o seu potencial.

Para tal, advogou a capacitação das mulheres com novos saberes, confiando-lhes novas ferramentas e abrindo-lhes as portas a novas oportunidades de desenvolvimento e de reconhecimento do seu papel no futuro da economia, da sociedade e do país. 

Defendeu o princípio da solidariedade e o reconhecendo do papel da mulher enquanto pilar da família, valorizando o seu trabalho, por exemplo, através da compra dos seus produtos.

"É importante sermos, antes de mais, solidárias e cooperantes, porque juntas somos mais fortes. Vale a pena ser mulher e lutar para vencer todas as barreiras, sejam elas físicas ou culturais, porque o nosso futuro são os Oceanos, e as Mulheres, as guardiãs da Vida, no nosso planeta", sustentou.

Por sua vez, a secretária de Estado das Pescas, Esperança da Costa, afirmou que Angola tem desenvolvido um conjunto de políticas públicas tendentes a uma melhor exploração dos recursos marítimos, potenciando a economia azul com base no conhecimento científico e no desenvolvimento da tecnologia.

Acrescentou que Angola possui um conjunto de várias instituições para o desenvolvimento e conhecimento da investigação científica, incluindo uma verdadeira versão dos campos do mar na província do Namibe.

Referiu  que  o país, pela sua posição geo-estratégica em África, pode desempenhar um papel relevante no domínio das actividades da União Africana, que visa estudos de oceanos, avaliação da biomassa e da rica produtividade biológica.

Os Oceanos cobrem 70 por cento do território do planeta, têm um papel central na preservação da vida do planeta e uma enorme importância ecológica, climática, económica e geopolítica .

Os Oceanos e mares ajudam a regular o clima, acolhem inúmeros ecossistemas, fornecem cerca de 50 por cento de todo o oxigénio que se consome no Mundo e constituem uma fonte de recursos para o desenvolvimento da economia dos países, particularmente para as comunidades costeiras, que delas dependem directamente.

A comemoração sobre os mares e oceanos africanos foi instituída em Janeiro de 2014, durante a 22ª Assembleia Ordinária da União Africana.

 

 



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