Dondo – O responsável do Ambiente no município de Cambambe, província do Cuanza Norte, Andrade João Munário, desencorajou, este sábado, o uso de instrumentos sonoros para afugentar elefantes.
Em declarações à ANGOP, o responsável aclarou que o uso do batuque ou de outros instrumentos sonoros pode provocar fúria aos animais e atacar pessoas.
Recomendou a queima de pneus ao redor dos bairros e das lavras para afastar os animais que procuram encontrar novas áreas para se instalarem.
O responsável apontou as comunas de Massangano, Zenza-do-Itombe e Dange-ya-Menha, como as mais afectadas pela presença desses mamíferos, sobretudo, em época seca.
Fez saber que manadas de elefantes constituídas por dois ou três exemplares estão a destruir campos agrícolas e a provocar o pânico nas aldeias por onde passam.
Os animais estão a abandonar o seu habitat, fugindo da perseguição de caçadores furtivos, em buscas de novas áreas, preferencialmente, onde há culturas de banana, batata-doce e palmeira.
Adiantou que a presença destes animais nessas regiões é frequente, devido à proximidade com a reserva florestal do Golungo Alto, no município com o mesmo nome, onde se regista uma intensa actividade de caçadores.
Apelou ao reforço das acções de fiscalização do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), como solução para tranquilidade dos animais.
A Administração Municipal realiza campanhas de sensibilização nas comunidades frequentadas por elefantes, sobre como lidar com esses animais.
A acção, que iniciou nas aldeias de Calengue, Nova Oeiras e Cawala, na comuna de Massagano, será extensiva a outras localidades.
Com 5. 212 quilómetros quadrados, o município de Cambambe é constituído por quatro comunas, nomeadamente Massangano, Dange-ya-Menha, Zenza-do-Itombe e São Pedro da Quilemba. MF/DS/IMA/DC