Huambo – Técnicos do sectores do ambiental, agrícola, florestal e jornalistas no Huambo debateram, esta terça-feira, as formas de redução do modo actual insustentável da emissão de gases de efeito estufa, no âmbito do projecto “Carvão Vegetal”.
O workshop, uma iniciativa da Direcção Nacional de Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável (DNACDS) do Ministério do Ambiente, em parceria com o Programa de das Nações Unidas para o Desenvolvimento, visou, entre outros, apresentar os resultados do projecto e recolher contribuições para a sustentabilidade ambiental do carvão vegetal em Angola.
Na ocasião, a chefe do departamento de Monitorização, Repórter, Verificação e Boas Práticas da DNACDS, Humberta Fortes, lembrou que o projecto de Promoção do Carvão Vegetal Sustentável em Angola, iniciado em 2018, conta com o financiado do Fundo Global do Ambiente (GEF) num total de quatro milhões 620 mil dólares norte-americanos.
Disse que a iniciativa conta, igualmente, com a parceira do Instituto de Desenvolvimento Florestal, com o objectivo de mitigar as emissões dos efeitos de gases estufa, na qual Angola tem procurado fortalecer a sua capacidade institucional, para reduzir a exploração dos recursos florestais, de forma abusiva.
Referiu que o projecto tem vindo a introduzir tecnologias eficientes em termos energéticos em Angola, assim como impulsionado a demanda do mercado para um carvão vegetal sustentável, com apoio de parceiros responsáveis seleccionados, nas zonas urbanas e comunidades rurais.
Humberta Fortes fez saber que a rápida expansão da produção do carvão vegetal em Angola é resposta da grande procura do produto pela população crescente nas áreas urbanas do país.
Considerou importante a transformação do sector do carvão vegetal para melhorar a sua sustentabilidade, do ponto de vista ambiental e, consequentemente, a redução das emissões dos efeitos dos gases estufa e a cobertura florestal, para além de ser uma fonte social para o aumento da rentabilidade nas zonas rurais e fonte de energia em zonas urbanas.
A transformação do carvão vegetal, segundo a responsável, trás mudanças ao longo da cadeia de valor nas comunidades e centros urbanos do país, daí o envolvimento do Ministério do Ambiente e seus parceiros, em trabalhar para alcançar as metas preconizadas no projecto, com término previsto Setembro deste ano.
O projecto inclui, igualmente, a produção de briquetes a partir de resíduos do carvão vegetal (o pó de carvão que resta e que não pode ser consumido) mais argila e estrume de gado.
O carvão vegetal é um produto obtido por meio da carbonização da biomassa proveniente da madeira. A queima tem como resultado uma substância negra utilizada como fonte de energia. ZZN/ALH