Menongue - O vice-governador para os serviços Técnicos e Infra-estruturas do Cuando Cubango, João Bonifácio Cassanga, defendeu, esta quinta-feira, o envolvimento dos actores sociais na preservação do ambiente, para garantia do bem-estar das actuais e futuras gerações.
O responsável, que falava no acto provincial do Dia Nacional do Ambiente, assinalado a 31 de Janeiro último, apelou aos actores sociais a manterem a cidade de Menongue, capital da província do Cuando Cubango, limpa e livre de poluição.
Disse ser necessário que a sociedade, em geral, continue a primar por acções positivas voltadas para a colocação dos resíduos em locais apropriados e nos pontos de recolha indicados, bem como a evitar a prática de queimadas anárquicas e a exploração indevida dos recursos florestais.
Reiterou a necessidade da exploração racional e sustentável dos recursos naturais, não só para a preservação do ambiente, mas para que não falte recursos para a sustentabilidade do ciclo natural da biodiversidade.
No acto decorrido na Escola Nacional do Ambiente, na comuna do Missombo, a 18 quilómetros de Menongue, João Bonifácio Cassanga referiu que a data surge para incentivar uma vida sustentável e em harmonia com a natureza, através da promoção dos hábitos de transformação, mediante a aplicação de políticas públicas que despertam a necessidade de se abraçar um estilo de vida amigo do ambiente.
Recordou que o Dia Nacional do Ambiente surgiu na sequência da primeira Conferência Nacional sobre a natureza, promovida em 1976, pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
Indicou que no cumprimento da referida conferência, o Governo tem trabalhado em acções para a sustentabilidade do ambiente.
Destacou o papel de Angola no projecto turístico da Área Transfronteiriça de Conservação do Okavango Zambeze (KAZA).
Por seu turno, o director do gabinete do Ambiente, Gestão de Resíduos e Serviços Comunitários, Júlio Bravo, apontou a exploração de madeira e outros recursos florestais, a proliferação dos cemitérios, o conflito homem/animal, bem como o crescimento desordenado da cidade, como sendo as principais preocupações que sector enfrenta.
Outras preocupações, acrescentou, estão relacionadas com o número reduzido de fiscais ambientais, que têm impactado na capacidade de controlo, fiscalização e detenção dos caçadores furtivos que operam, principalmente, no interior da província.
Disse que em alusão a data foram agendadas um conjunto de actividades com destaque para palestras, debates, plantação de árvores, entre outras acções, que se enquadram na preservação do ambiente.
O evento, decorrido sob lema “Promover um ambiente sustentável em Angola é valorizar a vida”, a actividade contou com a presença de membros do Governo local, representantes de partidos políticos com assento Parlamentar, religiosos e autoridades tradicionais, entre outros convidados. MSM/ALK/FF/ALH