Mbanza Kongo- A devastação de extensas áreas florestais para fins agrícolas, no município do Tomboco, província do Zaire, está a deixar a flora local cada vez mais pobre.
Segundo o chefe de departamento provincial do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), João Domingos, a destruição de polígonos florestais altera os ecossistemas, pondo em perigo a extinção algumas espécies da flora e da fauna.
Lembrou que as árvores e plantas são responsáveis pela purificação do ambiente através do processo denominado “Fotossíntese”, que, segundo explicou, consiste em sugar o dióxido de carbono (produto tóxico) do ambiente e com o recurso à luz solar produzir o oxigénio.
Referiu que a instituição tenta contornar este mal contra o ambiente com acções de sensibilização das comunidades rurais.
O também ambientalista fez menção as dificuldades na fiscalização por insuficiência de funcionários, frisando que o IDF no Zaire tem apenas disponíveis oito elementos, dos quais seis colaboradores.
Aliada a esta escassez de fiscais, disse, está também a falta de meios rolantes para a locomoção dos fiscais.
João Domingos manifestou-se ainda preocupado com as queimadas feitas em períodos secos ou de cacimbo, que concorrem também para a destruição de maciços florestais, assim como com a caça furtiva que está a dizimar diversas espécies selvagens na região.
O responssável lamentou a fraca colaboração de alguns órgãos estatais locais que deveriam, com base na legislação florestal vigente, estabelecer uma a parceria com o IDF para o combate destas práticas acima referenciadas.
A propósito, agricultores do Tomboco justificaram ser uma prática ancestral destinada ao cultivo da banana e do abacaxi, as principais culturas praticadas na localidade.
Sustentaram que estas culturas rendem mais em solos fertilizados por florestas húmidas que dispensam adubo e fertilizantes, resultando em boas safras.