Soyo - Cerca de três milhões de filhotes de tartarugas de diferentes espécies foram encaminhados ao mar, nos últimos 17 anos, em todo o território nacional, enquadrado no projecto “Kitabanga”.
A informação foi prestada domingo, no Soyo, província do Zaire, pela técnica deste projecto, Joelma dos Santos, no final de uma visita de trabalho realizada por uma equipa que visou monitorizar as áreas de maior concentração de tartarugas.
De acordo com a ambientalista, antes de serem encaminhadas para o mar as tartarugas foram sinalizadas com argolas interligadas ao sistema de GPS, que permite o controlo, crescimento e a trajectória dessas espécies no mar.
Explicou que, o sistema permite controlar o número de tartarugas que emigram para outros países e vice-versa, um modelo universal utilizado também por outros países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como o Brasil, Portugal e Cabo verde.
Lembrou que no país existem cinco espécies de tartarugas marinhas, das quais três desovam em praias da província do Zaire, nomeadamente as Kitabanga, Oliva e Verde.
“Infelizmente, temos assistido a morte de muitas tartarugas marinhas por parte de alguns cidadãos, situação que queremos inverter nos próximos tempos com a intensificação das campanhas de sensibilização”, referiu.
Lamentou a morte de duas tartarugas gigantes no mês de Dezembro de 2020 no Soyo, uma acção praticada alegadamente por três pescadores que se encontram a contas com a justiça.
Destacou o contributo e apoio do governo do Zaire e das empresas do sector petrolífero na conservação do ecossistema na região.