Lobito – Os clubes de futebol devem antever os custos financeiros para evitar desistências ao longo das competições, afirmou, nesta cidade, o mestre em Direito Económico, Miguel Huambo.
Convidado a dissertar sobre o tema “O Orçamento de uma equipa de futebol antes do início de uma época”, Miguel Huambo afirmou que muitos clubes do Girabairro e do Girabola ainda sãos geridos de forma empírica.
"Todo projecto carece de planificação, execução e balanço. Essas três variantes são necessárias para tornar os clubes mais competitivos", defendeu o prelector, acrescentando que a fiscalização das contas é outro assunto que se deve ter em conta.
Deu o exemplo de equipas do Girabola que quase todos os anos, depois de algumas jornadas, anunciam a desistência da competição, por falta de verbas para continuar.
Por sua vez, o coordenador municipal do Girabairro no Lobito, David Cigarro, afirmou que esta é uma ferramenta importante porque vai melhorar a postura e funcionamento dos dirigentes desportivos.
Para ele, a modernização vai fazer com que os dirigentes sigam o processo de treinamento, onde há uma pré-época, o período competitivo e o período transitório.
"No Girabairro, não temos arrecadação de receitas. Os dirigentes estão sujeitos apenas a gastar", lamentou.
A título de exemplo, disse que as equipas, para sua inscrição e taxa de participação gastam à volta de 60 mil kwanzas, para o equipamento entre 80 a 150 mil kz e ainda têm de pagar a arbitragem, a lavadeira, o alinhamento dos campos, entre outros serviços.
"É necessário envidar esforços para se conseguir patrocínios para aguentar o Girabairro", sugeriu.
O evento foi promovido pela Associação dos Flamingos do Lobito em conjunto com a Associação de Futebol das Velhas Guardas, ligadas ao Girabairro da cidade ferroportuária.
Entre os assuntos, estiveram em evidência a planificação orçamental, a quota mínima do sócio, gestão financeira e a prestação de contas.
Estiveram presentes agentes desportivos e futebolistas dos municípios do Lobito, da Catumbela e Baía Farta. TC/CRB