Comité Paralímpico reclama da falta cadeiras de roda para atletas

     Desporto           
  • Huíla     Sábado, 20 Maio De 2023    15h41  
António da Luz, SG do CPA
António da Luz, SG do CPA
Amélia Oliveira - ANGOP

Lubango – O Comité Paralímpico Angolano (CPA) precisa de 230 cadeiras de roda para as 21 equipas de basquetebol adaptado no país, a fim de promover mais dignidade aos atletas e melhorar qualidade na modalidade.

A informação foi avançada pelo seu secretário-geral António da Luz, no quadro do balanço do 18º Campeonato Nacional de Basquetebol sénior masculino em cadeira de rodas, decorrido no Lubango de 10 a 18 do mês em curso.

Em declarações à ANGOP, o responsável afirmou que desde 2015 que não compram cadeiras, por falta de patrocínios, mas as existentes carecem de manutenção e muita das vezes não há capacidade de reposição porque o país não fabrica.

Disse que com tal situação acabaram por ficar três cadeiras em actividade nas equipas e para salvaguardar o campeonato nacional têm 24 cadeiras que ficam com a CPA para uso exclusivo dos grupos em competições oficiais.

Salientou que agora Angola vai ao apuramento no africano e para jogar teve-se que recorrer à África do Sul lara comprar rodas e eixos novos, tendo gasto perto de cinco mil dólares em 12 cadeiras da selecção nacional.

António da Luz fez saber que cada cadeira de rodas custa mais de 500 dólares, pelo que não é fácil adquirir de uma só vez para as 21 equipas a nível do país, das quais 15 masculinas e seis femininas.

“Precisamos de muitas cadeiras e esta luta é que estamos a fazer, Se cada governador de província comprasse de 10 a 15 cadeiras de rodas ficaria mais de sete mil dólares, mas não havendo essa disponibilidade, o comité tem de fazer um esforço para paulatinamente comprar”, contou.

Explicou que actualmente os jovens não treinam com 10 cadeiras, que seria o ideal, mas com duas a cinco e não conseguem jogar os cinco contra cinco, pelo que se tivessem mais teriam um basquetebol mais evoluído.

António da Luz lembrou que se fosse para o comité comprar as 230 cadeiras de rodas necessárias teria de parar as competições durante dois anos para juntar dinheiro para aquisição das mesmas.

Referiu não terem um orçamento fixo, por estar dependente da quota financeira que o ministério recebe, pois há anos que recebem 20 a cem milhões de kwanzas, mas o CPA precisa, pelo menos, anualmente de 400 milhões de kwanzas.

Campeonatos por se disputar  

Em Junho do ano em curso a CPA realiza a Taça de Angola e logo a seguir vai se convocar a pré-selecção nacional para os jogos africanos, os primeiros jogos paralímpicos de África, a ser realizado no Ghana em Setembro do ano em curso.

Em termos de competições internas, acontece em Junho, a super taça em futebol de amputados e a abertura da época da modalidade, o Campeonato Nacional de Atletismo em pista, a última competição antes de partirem para o Campeonato do Mundo na mesma modalidade em Julho na cidade de Paris, França.

Depois deste acontece o Campeonato Nacional de Futebol para amputados, depois o nacional de basquetebol feminino, que vai estar na sua segunda edição com sete equipas, seguem a natação e outras modalidades.

O CPA contro mais de dois mil atletas a praticarem o desporto paralimpico no país. EM/MS





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