Estabelecido modelo especial de confinamento para alta competição

     Desporto           
  • Luanda     Terça, 09 Março De 2021    17h00  
Debatida protecção do atleta pós carreira
Debatida protecção do atleta pós carreira
FRANCISCO MIUDO

Luanda – As equipas angolanas em regime de alta competição, inclusive as selecções nacionais, podem, doravante, adoptar o método de confinamento em bolha desportiva, de acordo com um decreto executivo conjunto dos ministérios da Saúde e da Juventude e Desportos.

A bolha destina-se a grupos desportivos nacionais e estrangeiros em regime de alta competição, com contactos suspeitos e ou confirmados de uma das variantes do vírus Sars-Cov-2, e que por inerência das suas actividades tenham a necessidade de interacção regular entre os seus integrantes.

Publicado no Diário da República, datado de 1 de Março deste ano, o documento conjunto, a que a ANGOP teve hoje acesso, estabelece os modelos especiais de confinamento a que estão sujeitas as equipas enquanto vigorar a situação de calamidade pública, estando sujeitas a alteração em função da evolução da situação epidemiológica.

A posição insere-se na actualização das medidas de controlo da propagação do vírus Sars-Cov-2, da pandemia covid-19, e aplica-se, além dos clubes nacionais em competições internacionais e selecções angolanas, às equipas e ou selecções estrangeiros que venham jogar em Angola.

Segundo o documento, o regime deve ser requerido pela instituição interessada ao Ministério da Saúde (MINSA) por intermédio do pelouro da Juventude e Desportos (MINJUD) e o seu acesso depende da apresentação de testes RT-PCR, com resultado negativo para Sars-Cov-2, realizado até 72 horas antes da admissão.

Esse tipo de confinamento pode conter um número total de até 50 pessoas, em local aprovado pelo MINSA, devendo ser exclusivo para tal fim, e durante o mesmo deve-se observar obrigatoriamente as regras de biossegurança exigidas pelas autoridades nacionais.

O uso regular de máscara facial, distanciamento físico de, no mínimo, dois metros e a higienização frequente das mãos são, entre outros, cuidados referenciados.

A bolha tem duração de até 10 dias, se todos os integrantes apresentarem resultados negativos para o Sars-Cov-2 nos testes realizados a partir do sétimo dia de concentração.

Durante a vigência e para efeitos do seu levantamento, o teste determinado é o RT-PCR ou outro excepcionalmente autorizado pelo MINSA.

Caso não haja resultado positivo após o sétimo dia, o regime pode ser interrompido para a realização de provas oficiais, com obrigação de testes no dia da competição ou nas 24 horas anteriores.

Sempre que as autoridades sanitárias considerarem não existirem condições para a manutenção da bolha, refere o documento, a mesma é suspensa e transformada em quarentena nos termos gerais.

A medida surge dias antes de a ministra da Saúde anunciar a existência no país de novas variantes da doença, nomeadamente da África do Sul e Inglaterra, além de outra cuja origem está ainda em estudo.

O Petro de Luanda é a única equipa angolana em competição nas afrotaças, onde defronta, dia 16, o Kaizer Chiefs da Àfrica do Sul para segunda volta da Liga dos Campeões, enquanto a selecção principal de futebol tem agendado jogos de apuramento ao CAN2021, no final deste mês, diante das congéneres da Gâmbia a Uganda, pelo que não escaparão à bolha.

Entende-se por bolha desportiva a forma de confinamento em grupos restritos com interação social entre os seus integrantes.





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