Estatuto de campeã “pesa” sobre Angola em Yaoundé

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  • Luanda     Quinta, 16 Setembro De 2021    17h26  
Selecção feminina de basquetebol de Angola (Arquivo)
Selecção feminina de basquetebol de Angola (Arquivo)
Marcelino Camões

Luanda - Vencedora das edições de 2011, em Bamako (Mali), e 2013, em Maputo (Moçambique), a selecção angolana feminina de basquetebol disputa o 27º Campeonato Africano das Nações “Afrobasket2021, a decorrer de 17 a 26 deste mês, em Yaoundé (Camarões), com responsabilidade acrescida no que concerne ao estatuto em certa medida granjeado a nível do continente.

Orientada tecnicamente por Walter Costa, a equipa, cujo objectivo é, numa primeira fase, melhorar a quinta posição do campeonato transacto, tem pela frente, na etapa de grupos, as selecções de Moçambique, adversário de estreia domingo (dia 19), e a forte Nigéria, campeã das duas últimas edições (2017 e 2019).

As experientes Nadir Manuel, Italee Lucas, Cristina Matiquite, Regina Pequeno, Rosemira Daniel e Avelina Peso têm, assim, a árdua tarefa de liderar, em campo e no balneário, o grupo em que figuram também jovens talento, com realce para a base Rosa Gala, a triplista Ana Gonçalves e a internacional Clarice Mpaka, que actua em França.

Depois de sucessivas tentativas na luta pelo título continental, com treinadores precursores como Henriques Tonecas, Raul Duarte, Jaime Covilhã e Apolinário Paquete, o país logrou conquistar o ouro de forma consecutiva (2011 e 2013) sob comando técnico de Aníbal Moreira, tendo ganho numa das finais a anfitriã Moçambique, por 64-61.

Num dos mais recentes jogo entre ambas, em 2017, as angolanas perderam por 61-47, situação que Walter Costa e comandadas certamente quererão inverter, a fim de apurar-se a outra fase desta competição com novo método de disputa, em que o vencedor da série passa automaticamente aos quartos-de-final e os restantes dois (2º e 3º) disputam os oitavos, em sistema cruzado, com o 3º e 2º de outro grupo.

Para esta empreitada, a selecção nacional não conta com a experiente base Fineza Eusébio, que acusou positivo à Covid-19 na véspera da viagem para o palco da competição, onde se encontra a equipa desde terça-feira última.

Angola viu o seu ciclo vitorioso ser interrompido pelo Senegal, em 2015, mas a organização, dedicação, força e crença do actual grupo pode ter alguma palavra a dizer na competição, que se prevê muito difícil.

Em 26 edições, o Senegal lidera o ranking africano com 11 títulos, seguido da Nigéria com quatro e da República Democrática do Congo (RDC) com três.

Com duas conquistas está, além de Angola, o Egipto, enquanto o Madagáscar e o Mali venceram a prova em uma ocasião.

Eis as 12 selecções participantes:

Grupo A: Camarões, Cabo Verde e Quénia

Grupo B. Angola, Moçambique e Nigéria

Grupo C: Senegal, Egipto e Gabão

Grupo D: Mali, Cote d’Ivoire e Guiné.

 





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