MINJUD defende maior responsabilização de líderes federativos

     Desporto           
  • Luanda     Terça, 09 Março De 2021    20h26  
Ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento Neto
Ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Sacramento Neto
Cortesia da Claque Magazine

Luanda - O Ministério da Juventude e Desportos irá responsabilizar, de agora em diante, os presidentes de federações cujos atletas ao serviço das selecções nacionais sejam expostos a situações de perigo e condições pouco dignas.

Segundo a titular do pelouro do Desporto, Ana Paula do Sacramento Neto, que falava hoje durante uma reunião com dirigentes federativos, a medida surge devido ao facto de alguns responsáveis desportivos não terem velado por melhores condições dos atletas, sobretudo aquando das deslocações ao exterior.

Sublinhou que muitas federações não declaram o valor arrecadado de apoios, quer nacional e internacional, e mesmo com dinheiro à disposição não criam condições aceitáveis para os atletas, que são o verdadeiro activo, comportamento que não pode voltar a acontecer.

Dentre outros males, a governante referiu-se a casos de atletas dormirem em aeroportos ou ficarem sem uma refeição.

Em função do orçamento que dispõem, disse, as federações têm de informar com devida antecedência em que provas devem participar, tendo em conta, entre outros factores, a necessidade de proteger os envolvidos face à pandemia da Covid-19, que se faz sentir no mundo.

Apelou para que se preste atenção ao tipo de contrato a ser celebrado com os praticantes e equipas técnicas, como forma de evitar situações negativas que acabam por manchar, as vezes por via da imprensa, a “classe” desportiva nacional.

Por outro, a ministra deu a conhecer que as dívidas de prémios relativos aos anos 2019 e 2020 serão pagas em tempo oportuno, assim como falou da possibilidade de as selecções nacionais serem patrocinadas por uma marca de equipamento de prestígio internacional, cujo nome não avançou.

Quanto à situação de biossegurança, considerou que os constantes avanços e recuos em algumas decisões não são da responsabilidade do seu sector, mas sim da comissão interministerial, que tem estado a trabalho de forma árdua em prol da segurança da população desportiva.

O encontro visou algumas explicações aos novos dirigentes sobre a situação desportiva vigente no país e nele participaram somente aqueles cujas federações aderiram ao processo de renovação de mandatos.

De fora ficaram as federações de futebol (FAF) e Boxe (FABOXE), cujos resultados eleitorais ainda  ainda não foram reconhecidos, bem como as de ciclismo (FACI) e de tiro por não terem realizado eleições.





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