Presidente da FAB defende campos comunitários

     Desporto           
  • Luanda     Quarta, 09 Dezembro De 2020    10h31  
Pormenor de um jogo do Petro (amarelo)
Pormenor de um jogo do Petro (amarelo)
Rosário dos Santos

Luanda - Angola possui pavilhões de qualidade para a prática do basquetebol, mas insuficientes, sendo necessário maior investimento nas comunidades, de modo a que a população praticante possa crescer em todo o país.

Esta constatação é do presidente da Federação Angolana de Basquetebol (FAB), Moniz Silva, quando falava, na noite de terça-feira, em Luanda, no programa “Grande entrevista”, da Televisão Pública de Angola (TPA).

Recentemente eleito para o cargo, em substituição de Hélder da Cruz “Maneda”, afirmou que a proximidade de recintos desportivos de pequeno porte nos municípios facilitaria o acesso aos espectadores, e seria um incentivo aos mesmos para a prática do desporto.

Moniz Silva disse ser necessário incutir na mente da juventude o hábito de adesão ao desporto, colocando à sua disposição campos construídos com menos custos, por exemplo, no Cazenga e Sambizanga.

Em sua opinião, os pavilhões da Cidadela e do Kilamba devem ser restritos aos jogos que geralmente mobilizam mais espectadores, enquanto os restantes seriam disputados em recintos construídos nos bairros, tendo também em conta a massificação.

Na entrevista em que abordou a actual situação da modalidade no país, indicou que nota um declínio desportivo e que a inversão do quadro é possível com a melhoria da qualidade do trabalho na formação dos técnicos nacionais, inclusive ao nível do ensino superior.

Sublinhou que a elevação do conhecimento dos treinadores daria maior possibilidade de integração nos quadros da FIBA África, e da criação de  zonas de influências para benefícios, entre outros, como financiamento dos programas de desenvolvimento.

 Recordou que o antigo presidente da FAB (2012-2016), Paulo Madeira, é o único angolano entre os quadros do órgão reitor do basquetebol africano, reiterando a necessidade da integração de outros.

Segundo Moniz Silva, o ex - basquetebolista Jean Jacques da Conceição, é um potencial candidato aos quadros da FIBA África, classificando-o como o ícone da modalidade no país.

Eleito com 17 dos 29 votos possíveis, o sétimo presidente da FAB, para o ciclo olímpico 2020/24, referiu que a sua intenção inicial era formar uma lista única para não dispersar os quadros da modalidade, mas não foi bem sucedido, tendo derrotado no pleito Armando Dala "Dokas” (11 votos) e Manuel de Jesus Moreira (um voto).

Durante a entrevista, o empresário referiu-se ao torneio de início de época previsto para esta semana, mas que foi adiado por existirem equipas que ainda não começaram a fase de treinos, sobretudo por falta de bolas.

Entretanto, anunciou que a federação beneficiou de bolas que irão ajudar a minimizar as dificuldades dos clubes mais carenciados, esperando que as mesmas ajudas venham acontecer também em relação a Taça de Angola e Campeonato Nacional.

 





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