Luanda – A prova dos 50 metros livres de natação adaptada foi relançada, neste sábado, em Luanda, 12 anos depois, na principal atracção do terceiro dia do Campeonato Nacional absoluto, na piscina do Alvalade.
A competição, bastante aplaudida, envolveu nadadores com diferentes deficiências, esteve interrompida desde 2011.
O atleta portador da cegueira total, Jeremias Soma, do Recreativo da Caála do Huambo, da categoria S13, sagrou-se campeão com tempo 50.47, superando os visuais na prova única.
Entre os amputados e portadores de poliomielite, Henrique Gregório, do Ferrovia do Huambo, categoria S7, ficou em primeiro, cronometrando o tempo de 1:25.21, entre oito concorrentes.
As medalhas de prata e bronze foram arrebatas pelos concorrentes do Clube Recreativo da Caála, Vatson Aníbal, classe S7, que fez o tempo de 2:28.64 e António Manuel, categoria S5, com a marca de 1:30.93, respectivamente.
Na classe feminina teve apenas uma participante, Estefânia Njango, que cortou a meta, com o registo de 2:42.55.
Com este passo, segundo o presidente da Federação Angolana de Natação, Joaquim Santos, em declarações à ANGOP, começa-se o percurso para criação de condições para a massificação desta especialidade a nível nacional.
Avançou que o objectivo é avançar para uma prática regular dos paralimpicos nos nacionais, assim como na formação especifica de treinadores e árbitros, para depois prepararem-se para as competições africanas, numa primeira fase.
A natação tem uma vasta história na especialidade de paralimpicos, depois de Irene Bandeirater ter participado nos Jogos Olímpicos e Panafricanos de 1999, na África do Sul, e jogos mundiais na Argentina em 2002.
A mesma competiu igualmente, nos Jogos Paralimpicos de Moçambique em 2011, no qual obteve medalha de bronze,
Integrou ainda o antigo nadador paralimpico Ngola Aguiar que também brilhou nos panafricanos de 1999, na África do Sul.
O Campeonato Nacional absoluto encerra hoje (domingo). JAD/FN
