Magreb falha top 4 do CAN pela 9ª vez

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  • Luanda     Sexta, 02 Fevereiro De 2024    07h10  
Selecção Nacional de futebol dos Marrocos
Selecção Nacional de futebol dos Marrocos
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Luanda - Pela nona vez, as selecções do Magreb, designadamente Argélia, Tunísia, Egipto e Marrocos falharam o posicionamento entre as quatro melhores do Campeonato Africano das Nações de futebol, que esta sexta-feira entra nos quartos-de-final, na Cote d’ivoire.

As quatro selecções da África do Norte tiveram sorte diferentes. Argélia e Tunísia foram as primeiras a irem mais cedo para casa, ao quedarem-se nas últimas posições dos grupos D e E, com dois pontos cada, respectivamente.

Já o Egipto, mesmo não estando no seu melhor, somou três empates em três jogos no grupo B e Marrocos que teve o saldo de duas vitórias e um empate na série F, foram ambos surpreendentemente afastados nos quartos-de-final.

Os egípcios, sem Mohamed Salah, por lesão, perderam para a RDC nas marcações de grande penalidade, por 7-8, após empate a um golo no tempo regulamentar. Já os marroquinos foram despachados pelos sul-africanos, por 0-2.

Com este registo, a competição fica sem o quarteto magrebinos, em que se destaca o “papão” Egipto com sete títulos arrebatados (1957, 1959, 1986, 1998, 2006, 2008 e 2010).

A última edição que o cenário se registou foi em 2015, na Guiné Equatorial, em que a Côte d’Ivoire  foi a campeã ao vencer na final o Ghana, aos pênaltis (9-8), após o nulo registado durante os 90 minutos.

A RDC classificou-se em terceiro lugar ao superar a anfitriã Guiné Equatorial, igualmente aos penaltis (4-2), após o empate 0-0 no tempo regulamentar.

O episódio de ausências destes “gurus” entre os quatro melhores classificados do CAN remonta da edição 1968 na Etiópia, na qual a RDC ficou com o “caneco” ao vencer o Ghana, por 1-0, e a Côte d’Ivoire com o terceiro posto, após bater a anfitriã Etiópia, por 1-0.

 Em 1972, nos Camarões, o cenário voltou a se repetir, tendo o Congo ganho a prova com vitória sobre o Mali (3-2), enquanto nas classificativas, os Camarões foram os terceiros posicionados ao superar o Zaire (5-2).

 Neste evento, o único representante magrebino, o Marrocos, ocupou a terceira posição do grupo B, com 3 pontos, e falhou o passe às meias-finais do certame, que apurava apenas as duas primeiras equipas dos dois grupos, de cada quatro países.

A história deu-se ainda na estreia do modelo de 12 países participantes, em 1992 no Senegal, conquistado pela Côte d’Ivoire fruto do triunfo sobre o Ghana, aos pênalti, por 11-10, após nulo nos 90 minutos.

 A Nigéria assegurou o terceiro lugar vencendo os Camarões, por 2-1, enquanto Marrocos ( grupo B), Argélia (C) e Egipto(D)  falharam os quartos-de-final ao quedarem-se nas últimas posições, num cenário que apurava os primeiros dois de cada série.

 Em 1994, na  Tunísia, que teve a Nigéria como a campeã, ao derrotar na final a Zâmbia, por 2-1 e Côte d’Ivoire, em terceiro,  ao bater o Mali (3-1) viu a anfitriã em terceiro no  grupo (A) enquanto Egipto foi afastado nos quartos-de-final pelo Mali, por 0-1.

 Os magrebinos voltaram a perder o controlo da recta final na edição de 2002, no Mali, em que os Camarões foram os campeões ao vencer o Senegal aos penáltis (3-2), após igualdade sem golo e a Nigéria a terceira colocada ao derrotar o Mali, por 1-0.

  Nesta edição, a região do Magreb voltou a ficar longe do título ao ver a Argélia (A), Marrocos (B) e Tunísia serem afastadas na fase de grupos. Já o Egipto foi eliminado nos quartos-de-final ao perder com os Camarões, por 0-1.

Tiveram igualmente pouca sorte em 2012, edição co-organizada pelo Gabão e Guiné Equatorial, em que a Zâmbia foi a vencedora ultrapassando a Côte d’Ivoire, por 8-7, após empate nulo e o Mali classificou-se em terceiro ao vencer o Ghana, por 2-0.

No de 2013, na África do Sul, no qual a Nigéria sagrou-se campeã ao vencer o Burkina Faso, por 1-0, e o Mali a terceira colocada ao derrotar o Ghana, por 3-1.

JAD/MC





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