Williete refuta afirmações do técnico Tramagal

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  • Benguela     Terça, 27 Abril De 2021    16h19  
Jogadores do Wiliete Sport Clube - Arquivo
Jogadores do Wiliete Sport Clube - Arquivo
Carlos Benedito

Benguela – A direcção do Williete de Benguela refutou as declarações recentes do técnico do Ferroviário do Huambo, Agostinho Tramagal, sobre a alegada rescisão do jogador Alberto Xavier “Vingumba”, em carta chegada hoje, terça-feira, à ANGOP.

Segundo a direcção do clube de Benguela, que se assume ainda como detentora do passe do atleta, até aqui, o treinador Agostinho Tramagal e o Ferrovia não foram capazes de exibir um documento com autenticidade, que prove a rescisão contratual do jogador, pautando-se por “simples afirmações” carentes de provas materiais.

Numa nota produzida pelo seu gabinete de Comunicação e Marketing, consta que, o que existe “é um documento de rescisão de Valdemar Teófilo Laurindo Silvino, ex-treinador do Wiliete, que terão recebido das mãos do delegado do jogo do clube de Benguela a pedido do interessado (Valdemar)”, o que terá servido de base para a falsificação da suposta rescisão de Vingumba.

O Clube acrescenta que a rescisão do ex-treinador do Williete foi entregue no passado dia sete (7) de Fevereiro de 2021, na cidade do Huambo, à margem do jogo entre as duas equipas, referente à 9ª jornada, cujo processo de falsificação terá motivado que o atleta fosse alinhado nos jogos subsequentes.

Numa longa carta de “esclarecimento”, de cinco páginas, a direcção do Williete questiona se uma rescisão vai anexa ao processo do jogador interessado ou é apresentada no decurso de um jogo de futebol e, particularmente, do campeonato, como se alega.

Por esta razão, prossegue a carta, as declarações do presidente do Ferroviário do Huambo e do seu técnico configuram um acto de “puro desespero”, na medida em que estão desprovidos de qualquer documento com a natureza de “rescisão contratual” passado pelo Williete Sport Clube, sendo que a inscrição do jogador foi feita em violação aos regulamentos da prova.

A ser assim, acrescenta o documento, a Associação Provincial de Futebol (APF) do Huambo e o Conselho Técnico Desportivo da Federação Angolana de Futebol (FAF) são os dois intervenientes directos no processo de inscrição de jogadores e sentem-se enganados pelo Ferroviário.

Tendo em conta a realidade dos factos, sublinha, o clube moveu uma “acção de incidente de falsidade documental”, ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), cuja contraprova está difícil de encontrar.

“A direcção do Williete preza sempre pela ética, princípios urbanos, responsabilidade e obediência às normas. Por essa razão, tentou facilitar, rapidamente, o tratamento do processo, infelizmente não ocorreu o previsto porque o atleta “não aceitou deslocar-se à Benguela para rescindir o contrato e o clube do Huambo procurou adoptar procedimentos para a sua desvinculação, fora da normas legais e regulamentares”, rebate o clube de Benguela.

A equipa das Acácias Rubras faz como que uma resenha histórica dos acontecimentos que levaram à inclusão do atleta na ficha técnica do clube do Huambo, até a tomada de decisão do conselho técnico da FAF, cuja responsabilidade imputa à sua confrade do planalto central, pelo que considera o jogador como estando, oficialmente, ainda nas suas hostes.

“O Williete não rescindiu com o jogador, continua detentor dos seus direitos económicos e desportivos e o Ferroviário falsificou o documento apresentado no processo”, sustenta

Na mesma senda, desafia o clube do Huambo a remeter a suposta rescisão em sua posse ao laboratório criminal para provar a sua autenticidade, conclui, augurando responsabilidade criminal para todos os sujeitos implicados na farsa.

Até 27 de Abril, quando já se joga o segundo turno do Girabola 2020/2021, o Williete encontra-se na 11ª posição, com 16 pontos. 

Fruto desta situação, a FAF retirou 16 pontos ao Ferroviário do Huambo no Campeonato (Girabola2020/21).





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