Aquicultores de Malanje comercializam 97 toneladas de peixe cacusso

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  • Malanje     Quarta, 26 Maio De 2021    17h07  
Peixe seco
Peixe seco
Joaquina Bento

Malanje - Noventa e sete (97) toneladas de peixe tilápia (Cacusso), produzidos em tanques, foram comercializados durante o primeiro ciclo de produção, decorrido de Junho 2020 a Abril de 2021, pelas 7 cooperativas aquícolas, apoiadas pelo projecto de Pesca Artesanal e Aquicultura (AFAP).

A informação foi avançada, hoje, pelo Chefe de Departamento Provincial de Pescas e Aquicultura, Domingos Americano, tendo realçado que o projecto financiado pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agricola (FIDA) está a ser desenvolvido nas localidades de Quimonha, Casteve, Quessua, Quizanga, Quissol, Camizage, Vula Ngombe, Suingue e Ngola Luige.

"Nestas localidades foram criados 250 tanques, dos quais 216 povoados com 2 mil alevinos cada e entregues a igual número de famílias (216) que criam e comercializam o peixe, que está a garantir a renda das familias. O quilo está a ser comercializado no valor de 2 mil kwanzas", referiu o responsável.

No que toca à pesca artesanal, a fonte que não avançou números, disse que se regista nos rios de Malanje, uma captura razoável de pescado (tilápia, bagre e mitica já seco e fumado), maioritariamente despachado para as províncias de Luanda, Bié, Lunda Norte e Lunda Sul. 

Domingos Americano informou, na ocasião, que até 2010, a província havia beneficiado de 300 embarcações que foram distribuídas em 9 municípios de Malanje, e que “de lá para cá” os pescadores debatem-se com a falta destes artefactos.

A província de Malanje controla 30 cooperativas, distribuídas por 8 municípios, num total de 800 pescadores. O municípios de Cacuso e a região do Songo (Cambundi-Catembo, Luquembo e Quirima) são os mais fortes na pesca artesanal devido os rios Kwanza, Jombo e Luando.

O projecto de Pesca Artesanal e Aquicultura (AFAP) tem financiamento de 12 milhões de dólares norte-americanos, e está igualmente a ser desenvolvido nas províncias de Luanda, Bengo e Cuanza Norte, mas na componente da pesca continental, enquanto em Malanje a aposta recaiu na aquicultura.

 





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