Luanda - A África do Sul importa quantidades significativas de petróleo bruto de Angola, tendo gasto, em 2020, cerca de 35 milhões de dólares americanos, afirmou hoje, o embaixador desse país em Angola, Oupa Monareng, sem avançar quantidades nem as motivações.
Após recepção em audiência, nesta terça-feira, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, considerou ter sido “o pior gasto dos últimos anos”, quando comparado a 2018 e 2019, cujas importações estiveram acima de mil milhões de dólares.
No encontro, segundo uma nota de imprensa do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do referido departamento ministerial, a que a ANGOP teve acesso, as partes falaram sobre oportunidades de negócio em Angola e na África do Sul.
O visitante transmitiu a posição e o interesse do seu país em "oferecer assistência ao Governo angolano no sector dos Recursos Minerais", afirmando haver disposição para auxiliar, ao mesmo tempo que pediu mais exposição ao património mineral de Angola para os investidores sul-africanos.
Na ocasião, segundo a nota à imprensa, o diplomata salientou que a Covid-19 se constitui como um entrave ao crescimento de negócios entre esses dois países da África Austral.
Oupa Monareng exemplificou que o interesse no gás angolano era de 1,23 milhões de dólares e de aproximadamente USD 499 milhões em outros recursos, valores que recuaram, em termos de investimento, devido à pandemia (não precisou para quanto).
Por seu turno, o Ministro Diamantino Azevedo lançou um apelo às empresas sul-africanas para investirem no sector mineiro angolano, e orientou o Instituto Geológico de Angola (IGEA) a cooperar com a outra parte.
O documento adianta que os sul-africanos foram igualmente convidados a investir nos segmentos de armazenagem e distribuição de combustíveis, bem como a participarem na construção da Refinaria de Lobito, cuja consignação da obra está em concurso público.
O governante angolano informou também ao diplomata sobre o alargamento do prazo das propostas de licitação-2020 das Bacias Terrestre do Baixo Congo e do Kwanza, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).
Oupa Ephraim Monerang foi acreditado em Angola, em Dezembro de 2020.
