AIA reclama de "lentidão" do BDA na concessão de créditos

     Economia           
  • Huíla     Quinta, 11 Abril De 2024    09h34  
Huíla: Agência regional BDA no Lubango
Huíla: Agência regional BDA no Lubango
Belarmina Paulino

Lubango - O delegado da Associação Industrial de Angola (AIA), na Huíla, Francisco Chocolate, denunciou haver “lentidão” do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), na análise de projectos e na tramitação de processos de cedência de financiamentos aos industriais, alguns dos quais chegam a esperar dois anos.

Francisco Chocolate destacou que na província da Huíla há sete associados da AIA que reclamam de constrangimentos no processo de cedência de crédito, cujo tempo de espera chega a dois anos.

Sublinhou que muitos projectos são feitos tendo em conta um determinado orçamento do contexto, mas devido o excesso de burocracia do banco, quando as contas são carregadas, o financiamento já está depreciado e, com isso, fica difícil implementar, na plenitude.

“Há casos de empreendedores que solicitaram um financiamento equivalente a 100 mil dólares e quando esse foi disponibilizado, já estava depreciado em mais de 70 por cento e, com isso, os projectos não foram desenvolvidos na íntegra”, ressaltou.

Segundo Francisco Chocolate, o BDA sendo uma instituição financeira pública criada com o objectivo de apoiar o crescimento económico sustentado do país, está orientado incentivar o aumento da riqueza nacional, a melhoria contínua do bem-estar das populações e a construção e consolidação da economia do país, por isso deve rever as suas práticas e dialogar mais.

O dirigente associativo lamentou o facto  de ainda  haver duas empresas agro-indústrias associadas à AIA, localizadas no município da Humpata, que têm os seus contratos celebrados com o  BDA há dois anos e até a presente data aguardam pelo carregamento das contas.

Referiu que essa preocupação foi apresentada  ao ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, num encontro recente que manteve com a classe empresarial da Huíla.  

Acrescentou que a classe está alinhada aos objectivos do Executivo, a respeito do desenvolvimento da economia nacional à luz do Programa de Desenvolvimento Económico e Social do Governo e da Estratégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo, mas essa intenção “esbarra na burocracia do BDA”.

Contactado pela ANGOP, o director regional do BDA, Vivaldo Quitongo, remeteu o assunto à direcção central.

AIA na Huíla tem registado  na sua  base de dados  mais de 200 filiados entre proprietários de grande, médio e pequenos empreendimentos industriais. BP/MS





+