Alienação do BCI tem seis candidaturas com propostas efectivas

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 18 Junho De 2021    15h28  
Pormenor do Banco de Comércio e Indústria (BCI)
Pormenor do Banco de Comércio e Indústria (BCI)
ANGOP

Luanda – A privatização dos 100 por cento do capital social do Banco de Comércio e Indústria (BCI) conta com seis candidaturas de nacionais e estrangeiros, com propostas efectivas.

A privatizar em leilão em bolsa, entre os meses de Setembro e Outubro próximos, a comissão encarregue do processo está na fase de prévia qualificação das candidaturas, para posterior apuramento dos que vão à final, de acordo com o coordenador técnico-adjunto da Comissão Nacional Interministerial (CNI) do Programa de Privatizações(Propriv), Patrício Vilar.

O  responsável, que falava  à imprensa, à margem da reunião da Comissão Nacional Interministerial do Propriv, realizada esta terça-feira, fez saber que o leilão vai decorrer em um único dia e o futuro accionista do BCI será conhecido nesta altura.  

“É um processo piloto e inovador em Angola. É a primeira vez que vamos fazer o leilão em bolsa, que tem os seus aspectos técnicos, que estamos a cumprir. A expectativa é que decorra entre Setembro e Outubro num único dia”, afirmou Patrício Vilar.

O BCI tem na sua estrutura accionista actual o Ministério das Finanças (98,915%), a Sonangol, Ensa, Porto de Luanda e TAAG, com 0,1894% cada, Ceval e TCUL, ambos com 0,0794%, Endiama e Angola Telecom, com igual valor e a Bolama (0,0094%).

Após o BCI, seguem outros activos do sector financeiro a privatizar pelo Estado, detidos no BCGA-Banco Caixa Geral de Angola (25%) e no BAI-Banco Angolano de Investimento (10%), processo que vai decorrer entre o segundo semestre deste ano e o primeiro de 2022, um assunto também revisto na reunião sobre o Propriv.

O processo envolve acções de avaliação das participações e due diligence, realizadas por intermediários financeiros, contratados nos termos da Lei de Bases das Privatizações.

Dados do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) dão conta que, de 2019 a 2020,  33 activos foram privatizados, contribuindo para o erário com Kz 355 mil 120 milhões, resultante da alienação de infra-estruturas nos ramos da indústria têxtil, bebidas, agro-pecuária e indústrias, entre outros sectores.

O Propriv foi criado com o fito de reduzir a intervenção do Estado na economia e promover o fomento empresarial, assim como reforçar a capacidade empresarial.





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