Angola advoga transformação de recursos naturais em riqueza real

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 25 Novembro De 2022    20h18  
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
António Escrivão - Angop

Luanda – O ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, defendeu esta sexta-feira, em Niamey (Niger), a necessidade dos africanos serem capazes de transformarem os imensos recursos naturais do “Continente Berço” em riqueza real para os povos.

Ao discursar na 17ª Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre Industrialização e Diversificação Económica, o governante angolano referiu que África tem de deixar de ser visto apenas como o continente potencialmente rico, mas ser capaz de transformar os seus recursos.

Na ocasião, o ministro de Estado recordou que o Governo angolano está comprometido a implementar uma agenda nacional de industrialização e de diversificação económica, tendo o agro-negócio como base.

Neste sentido, avançou, o país tem adoptado políticas para a criação de um ambiente de negócio cada vez mais favorável à atracção de investidores nacionais e estrangeiros, assim como a criação de zonas económicas especiais, de modo a tornar a economia de Angola mais eficiente e competitiva.

“É um caminho longo e difícil, mas temos de o fazer, com uma grande aposta no desenvolvimento do capital humano, na expansão e modernização das nossas infra-estruturas e na intensificação e aceleração da diversificação da economia angolana”, acrescentou.

Segundo Manuel Nunes Júnior, este desafio ajudará a elevar os padrões de vida do povo angolano.

Por outro lado, o ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, afirmou que o desenvolvimento do continente africano passa, essencialmente, pela industrialização dos seus países, uma medida que reforça a criação de postos de trabalho para a juventude.

Segundo o Victor Fernandes, os participantes da reunião dos ministros recomendaram que os Estados africanos canalizem 5% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país para a industrialização de África.

Sob o lema “Industrializando a África: compromisso renovado para uma industrialização inclusiva, sustentável e diversificação da economia”, a 17ª Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana teve como objectivo estudar mecanismos para que a industrialização do continente esteja a mesma velocidade entre os países.

Na Cimeira, que decorre no âmbito das comemorações da semana da industrialização de África, assinalada no dia 20 de Novembro, também fazem parte da delegação angolana a secretária de Estado das Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, o embaixador de Angola na Ethiopia e representante permanente junto da União Africana, Francisco da Cruz, e o embaixador de Angola na Nigéria, Níger e Benin, Eustáquio Quibato.





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