Angola conta com Áustria para edificar uma economia "forte"

     Economia           
  • Luanda     Terça, 25 Abril De 2023    11h21  
Ministro de estado para coordenação económica, Manuel Nunes Júnior discursa na abertura do Fórum Angola-Austria
Ministro de estado para coordenação económica, Manuel Nunes Júnior discursa na abertura do Fórum Angola-Austria
Francisco Miúdo-ANGOP

Luanda - O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, disse hoje, terça-feira, que o país quer contar com a experiência da República Federal da Áustria, para edificar uma economia "forte" e deixar de depender das exportações do petróleo.

Intervindo no fórum empresarial Angola – Áustria, diante do Chefe do Governo austríaco, Karl Nehammer, que efectua uma visita de trabalho ao país desde segunda-feira, Manuel Nunes Júnior reiterou que Angola quer edificar uma economia baseada no crescimento "forte" e sustentável.

"A nossa economia está ainda muito dependente dos recursos do petróleo e, por isso, é muito vulnerável a choques externos derivados das variações dos preços deste produto no mercado internacional”, apontou o ministro de Estado, sustentando que os recursos do petróleo constituem mais de 60% das receitas tributárias do país e mais de 80% das receitas de exportação.

Face a situação, disse que Angola quer acabar com a dependência do país aos recursos do petróleo.

Olhando para o potencial industrial da Áustria a nível do mundo, Nunes Júnior convidou os investidores daquele país a investirem em Angola e contribuírem para a diversificação da economia do país.

"Os investimentos austricos são bem-vindos praticamente em todos os domínios da economia de Angola", convidou.

Focada nas características da economia austríaca, disse que Angola augura promover parcerias empresariais em sectores ligados a agricultura, tecnologia de informação, cibersegurança e digitalização, ambiente e saneamento, educação, transporte e energia.

Segundo o governante, o Executivo angolano tem muito interesse em trabalhar com as autoridades da Áustria, na estruturação de linha de financiamento com termos e condições favoráveis, até concessionais, com juros baixos e prazos de reembolsos suficientemente largos.

Dirigindo-se, mais uma vez ao Chanceler, apelou que a Áustria ajude a edificar uma economia cada vez menos dependente do petróleo, uma economia que cresça de modo sustentado e sustentável.

Referiu que Angola quer ajuda económica que gere cada vez mais empregos e eleve os rendimentos dos angolanos, uma economia que permita combater à fome e à pobreza e consiga elevar os padrões de vida.

"(...) Queremos mudar definitivamente a estrutura económica de Angola, de modo a termos uma economia mais diversificada, uma economia em que o sector privado passe a ter um papel mais activo no desempenho global da economia e a acção diminua no peso do sector do petróleo no PIB",  realçou.

Segundo Nunes Júnior, Angola precisa desenvolver negócios como agricultura, indústria transformadora, pescas, turismo, construção e em outros sectores que ajudem a diversificar as fontes de rendimento.

Ao seu ver, só deste modo Angola poderá ter uma economia que consiga exibir níveis de crescimento sustentável ao longo do tempo e baseados em critérios de competividade e competências.

Nunes Júnior falou das reformas em curso para aumentar a confiança dos agentes económicos que operam na economia em Angola. NE / OHA





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