Angola pode exportar primeiro carregamento de hidrogénio verde em 2024

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 15 Junho De 2022    21h53  
Assinatura do memorando de entendimento entre a Sonangol e empresas alemãs
Assinatura do memorando de entendimento entre a Sonangol e empresas alemãs
Cedida

Luanda -  A Sonangol e as empresas alemãs Gauff e a Conjuncta  assinaram, hoje, em Berlim, um Memorando de Entendimento para materialização do projecto de Hidrogénio Verde, com os primeiros carregamentos previstos para aquele  país europeu, em 2024.

A assinatura do Memorando  foi testemunhado pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo,  diplomatas dos dois países e investidores.

Na ocasião, o ministro Diamantino Azevedo realçou que o projecto  foi devidamente ponderado e estudado há mais de dois anos, de acordo com uma publicação do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás a que ANGOP teve acesso.

O governante apelou à Sonangol e suas parceiras que cumpram com o prometido e que, em 2024, aconteça a primeira exportação de hidrogênio verde para a Alemanha.

Sobre a cooperação entre Angola e Alemanha, Diamantino Azevedo sublinhou que " o Governo de Angola não veio à procura de ajuda. Viemos estabelecer uma cooperação win-win, em que os dois Estados saiam beneficiados" .

Nas  conversações foi  vincado que Angola, apesar de produtor de hidrocarbonetos, é sensível a questões climáticas e ambientais.

O titular dos Recursos Minerais Petróleo e Gás deixou claro que o  Governo angolano não tem intenção, a curto prazo, de abdicar do petróleo, já que, a par dos recursos minerais, é um pilar da transição energética.

"Vamos continuar a explorar e transformá-lo  no nosso país, de forma sustentável e com respeito ao ambiente", asseverou.

Para demonstrar o engajamento pelas energias limpas, exemplificou o projecto de energia eólica, lançado na província do Namibe, bem como  anunciou, para breve, a inauguração de um projecto de energia solar em Benguela, financiado pelo Governo de Angola, além dos outros que se seguirão.

Na ocasião, Steffan Liebing, CEO da Conjuncta, considerou que “Angola tem as melhores condições para a produção de hidrogênio verde e  garantiu apoiar o país para  colocá-la à disposição do mercado, em curto tempo".

"Em 2024 poderá acontecer a primeira exportação de hidrogénio verde de Angola para a Alemanha", concluiu Stefan Liebing.

O Hidrogénio Verde é aquele produzido com eletricidade oriunda de fontes de energia limpas e renováveis, como as de matriz hidroléctrica, eólica, solar, e biomassa e biogás.

A obtenção do hidrogénio verde, a partir de fontes renováveis, consiste na decomposição das moléculas de água (H2O) em oxigénio (O2) e hidrogénio (H2), com o fim de produzir eletricidade.

A matriz enérgica do país incorpora já 62% de fontes limpas, mas a “ambição” é chegar a 70% até 2025.





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