Luanda - A República de Angola propôs, nesta quinta-feira (08) a continuidade das reformas em curso na Associação de Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA), com base numa estratégia que obrigue os membros a honrar as suas quotas.
De acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, a 7ª reunião ordinária do Conselho de Ministros da Associação da ADPA, realizada por vídeo-conferência, visou avaliar e tomar decisões sobre a gestão da organização.
Diamantino Azevedo considerou que a ADPA está perante uma crise multifacetada e profunda, que na visão de Angola, passa pela tomada de decisão sobre a continuidade das reformas em curso, o encargo salarial dos funcionários da organização, a continuidade ou não do actual secretariado bem como adopção de uma estratégia para forçar os membros a honrar as suas obrigações financeiras.
Em nota de imprensa, chegada hoje à ANGOP, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considera fundamental a tomada de decisão sobre as questões elencadas para definir a continuidade na ADPA.
Na reunião, o chefe da delegação angolana defendeu a filiação da República do Botswana, um dos principais produtores africanos de diamantes, na ADPA como um desafio da associação.
“Angola reitera a vontade de continuar a albergar a sede da ADPA”, caso sejam apuradas e implementadas medidas adequadas que permitam ultrapassar os constrangimentos identificados”, cita a nota.
Durante os trabalhos, o Conselho de Ministros da organização aprovou a cessação de mandato do então Secretário-geral, suspenso desde 2020, o angolano Edgar de Carvalho e a Namíbia procedeu à passagem de pastas da presidência da ADPA à Tanzânia.
Integraram a delegação angolana, o secretário de Estado dos Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, e os membros do Comité de Peritos da ADPA em Angola.
Para além de Angola, a ADPA tem como associados os Camarões, a República do Congo, a RDC, República da Guiné, a Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Togo, República Centro Africana, Mali, Zimbabué, Argélia, Mauritânia, Serra Leoa, Libéria, Costa do Marfim, Gana e Gabão.