Angola reafirma empenho para rentabilizar mercado petrolífero

     Economia           
  • Huambo     Segunda, 04 Janeiro De 2021    19h48  
As bacias do Baixo Congo e Kwanza são terrestres, mas grande parte das explorações em Angola são realizadas no mar
As bacias do Baixo Congo e Kwanza são terrestres, mas grande parte das explorações em Angola são realizadas no mar
ANGOP

Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, declarou hoje, no seu primeiro discurso nas vestes de presidente da OPEP, que Angola vai manter empenho para dinamizar a rentabilização do mercado do petróleo, tendo em conta a actual situação económica e financeira.

Intervindo na reunião 23° reunião da OPEP e seus parceiros Não OPEP, a decorrer em Viena, Áustria, Diamantino Azevedo realçou que as expectativas da demanda global no mercado petrolífero, ronda os 96 milhões de barris por dia, mas produziu-se quatro milhões abaixo das projecções pré-pandémicas em 2020.

Realçou que Angola continua a trabalhar para ajudar a restaurar a estabilidade e a confiança do mercado de petróleo, a longo prazo, dos consumidores, investidores e da economia global, de modo a dinamizar o sector.

Referiu que as projeções da OPEP para o crescimento da demanda de petróleo bruto em 2021, à volta de 5,9 milhões de barris por dia, são uma reviravolta bem-vinda, tendo em conta a devastação do mercado neste ano que se iniciou uma nova fase importante ajustes de produção. 

"Estamos fazendo a transição da gestão da crise para o apoio à recuperação global", sublinhou o presidente da OPEP.

Os benefícios da Declaração de Cooperação (DoC), segundo o responsável, foram claros o suficiente no âmbito da crise do mercado de 2014-2016.

Para si, ajudou a restaurar a confiança e a estabilidade do mercado e abriu caminho para a Carta de Cooperação em 2019, dando para o país uma nova plataforma para colaboração, além  do importante processo de equilíbrio do mercado.

Reconheceu que 2020 foi um ano difícil para todas as economias, por conta da covid-19, por  abrir "profundos buracos nos orçamentos e atrasou significativamente os planos de investimento".

Não obstante a situação dificil, afirmou que Angola orgulha-se de participar directamente no processo de tomada de decisão que levou a  Organização a alargar o âmbito da colaboração através da Declaração de Cooperação.

Diamantino acredita que, independente dos desafios complexos dos países e empresas, com união tudo é possível. " A união faz a força",  sublinhou.

DoC é a Declaração de Cooperação assinada em 2016 entre membros da OPEP e 10 outros países, que obrigas as partes a decidirem juntos questões sobre a estabilização do mercado petrolífero.

A agenda de hoje previa a 25° reunião do Comité Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC) da OPEP+ e a 23° reunião da OPEP e seus parceiros Não OPEP, signatários da Declaração de Cooperação (DoC2016).





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