Angola reduz volume de importações

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 11 Fevereiro De 2022    22h06  
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João
Cedida

Luanda - O volume das importações de Angola, nos últimos cinco anos, registou uma redução de 4. 2 para 1.4 mil milhões de dólares norte-americanos (USD).

O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, afirmou, a propósito, que a redução é uma consequência da implementação do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).

Ao falar na 1ª edição do CaféCIPRA, o governante sublinhou o facto do valor ter sido gasto em cinco produtos, onde se destacam o arroz com 216.97, o frango com 200.50, óleo alimentar 130.19, óleo de palma 119.29 e o açúcar com 105 milhões de dólares.



"A importação de bens alimentares de primeira necessidade tem registado quedas, nos últimos anos, numa redução acumulada de cerca de 30 por cento", informou o ministro, tendo adiantado que em 2021 o país gastou USD 1. 361,00 mil milhões, para importações alimentares.

Ganhos macro-económicos

No quadro dos ganhos macro-económicos, o governante destacou a diversificação da economia, a implementação do Programa de Privatizações (PROPRIV), e a revisão da Lei do Investimento Privado.

Na mesma esteira, o ministro Mário Caetano João destacou, entre outros, a reforma do sistema tributário (implementação do IVA), o maior financiamento ao sector produtivo da economia real, bem como a inversão da trajectória de défices sucessivos nos saldos fiscais (primário e global).

A estratégia resultou na redução do stock da dívida pública de USD 80 mil milhões, em 2017, para USD 70 mil milhões, em 2021, além da liberalização e estabilização da taxa de câmbio,  redução do fosso entre as taxas do mercado informal e formal de 159 por cento, em 2017, para menos de 4 por cento, em 2021.

Exportações com o PRODESI

Em sentido inverso, prosseguiu, o PRODESI exportou para cinco países (Congo, República Democrática do Congo, Namíbia, Camarões e Portugal), num volume de negócios avaliado em cerca de 66 milhões de dólares.

Dentre os produtos exportados destacou o cimento, a cerveja, as embalagens de vidro, a banana, os sumos e refrigerantes.

Sobre a linha de crédito da Deutsche Bank (Alemanha), sem precisar o montante, anunciou que recentemente dez novos projectos nacionais foram aprovados e aguardam o desembolso financeiro, juntando-se assim ao grupo Leonor Carrinho, então único beneficiário desta linha de crédito para o sector privado.

Novos mercados para a exportaçã

No encontro, Victor Fernandes, Ministro da Indústria e Comércio, disse que Angola pode e deve buscar novos mercados para a sua exportação, em particular em África que conta com cerca de 1.4 mil milhões de consumidores.

Na sua locução, o governante disse que vai havendo maior flexibilidade nos vistos para Angola em particular para os investidores.

O encontro denominado CaféCIPRA, com periodicidade quinzenal, é um espaço de diálogo aberto, directo e sem moderação, entre governantes (ministros, secretários de Estado e responsáveis de institutos e empresas estratégicos) e representantes da sociedade civil (jornalistas, fazedores de opinião, ordens profissionais, sindicato e outros).





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