Angola estima potencial hidroeléctrico de quatro bacias

     Economia           
  • Luanda     Sábado, 20 Maio De 2023    20h02  
Ministro João Baptista Borges
Ministro João Baptista Borges
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Caculo-Cabaça - As principais bacias do Kwanza, Longa, Catumbela e Cunene, em Angola, dispõem de um potencial hidroeléctrico total estimado em 18 mil megawatts de energia.

Grande parte desse potencial concentra-se no Corredor do Médio Kwanza, no segmento Capanda (Malange) e Cambambe (Cuanza Norte), num percurso de 100 quilómetros, segundo o ministro da Energia e Águas. 

João Baptista Borges informou, nesta sábado, em Caculo-Cabaça, que o
segmento Capanda/Cambambe possui um potencial na ordem de sete mil megawatts. 

O referido potencial proporciona 
uma capacidade de produção de energia eléctrica das barragens hídricas e centrais térmicas, no segmento mencionado, na ordem dos 5. 954, 19 megawatts. 

O potencial hídrico do país contribui para a matriz energética nacional com 3. 648,82 megawatts, 61,28% do total, com 10 centrais cujas linhas de distribuição funcionam em sincronia com as regiões Norte, Centro, Sul e Leste. 

Com estes números, o  ministro da Energia e Àguas, João Baptista Borges, considera que o país é  "abençoado por Deus", tendo Angola um dos maiores potenciais hidrológicos no continente africano. 

O governante, que interveio na cerimónia do desvio do rio Kwanza, prestigiado pelo Presidente da República, João Lourenço, referiu que o Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça terá uma capacidade instalada de 2. 172 megawatts. 

Para João Baptista Borges, o Executivo angolano compromete-se com as metas de segurança energética, produzindo, cada vez mais, uma energia mais barata e  inclusiva. 

Disse que a estratégia se insere na transição energética, por via da construção de uma matriz mais verde, com foco no alavancar da economia nacional. 

"Enquanto representantes do dono da obra a nossa missão, no projecto, será a de assegurar o cumprimento das obrigações contratuais firmadas com os diferentes intervenientes neste processo", afirmou. 

De acordo com o governante, é notória a  elevada preocupação e prioridade do Presidente da República, João Lourenço, que projecta um desenvolvimento do sector energético no país, robusto moderno e inclusivo. 

Disse que Angola continuará a orientar a projecção da construção de futuros empreendimentos, relevantes na estratégia de segurança hídrica e energética, a médio e longo prazos. 

Considerou fundamental que nessa projecção se tenha em conta os dois últimos escalões do Médio Kwanza, nomeadamente, as mini-hídricas do Zenzo e Tumulo do Caçador, que totalizam 1. 400 megawatts. 

Eventualmente, com a participação de capital privado  e  aproveitando a janela de oportunidades, prevê-se, entre outros, a produção de hidrogênio verde e a implantação de indústrias electrointensivas,  segundo o governante. 

Ainda no capítulo de investimento que se faz na produção eléctrica em Angola, destaca-se a conclusão, este ano, da reabilitação e ampliação das centrais da Matala, na Huíla,  que passa de 18 para 40 megawatts de capacidade, a do Luachimo, na Lunda-Norte, que passa de 8 para 34 megawatts. NE/AL





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