Luanda - A Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA) detectou 248 infracções nas unidades dos sectores da saúde, indústria, comércio e turismo, na província de Luanda, no período de 8 a 22 deste mês.
Das infracções detectadas, destacam-se a falta de facturas de aquisição e estrutura de cálculos de preços dos produtos (artimanhas usadas pelos operadores económicos para especulação dos preços).
Segundo uma nota de balanço da ANIESA, chegada quinta-feira à ANGOP, foram inspeccionadas 88 empresas e instaurados quatro processos crimes que já estão a ser tratados juntos dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) e da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais da Polícia Nacional.
As acções inspectivas tiveram maior predominância nos municípios de Viana, com 51, e Belas, com 21 acções.
Realizaram-se também 13 colheitas de amostras, enviadas para os laboratórios do Instituto Nacional de Controlo de Qualidade (INACOQ), do Ministério da Indústria e Comércio, e do Ministério da Agricultura e Pescas (MINAGRIP), para análise.
No seguimento da “Operação vigilância”, iniciada no dia cinco deste mês, para influenciar na redução do preço de alguns produtos da cesta básica, a ANIESA diagnosticou alguns armazéns de Luanda, tendo notado baixa de preços em determinados produtos.
Por exemplo, enumera o informe, na Angoalissar o preço do arroz unclesam, da Tailândia, de 25 Kg, baixou de 14 mil 276 para 12 mil 600 kwanzas, a coxa de AA US, de 10 Kg, reduziu de 12 mil 462 para 10 mil 750 kwanzas, óleo vegetal brilhante, 12x1L, baixou de 18 mil 282 para 13 mil 950 kwanzas, óleo vegetal máxima 12x1L, teve uma diminuição de 16 mil 114 para 14 mil kwanzas, o óleo santa clara, 12x1L, baixou de 16 mil 990 para 15 mil 600 kwanzas.
Já o leite em pó, biba, lata 6x1 8kg, baixou 71 mil 184 para 42 mil kwanzas.
Na Naval General Trading, o arroz garcia, da tailândia, 25 Kg, reduziu de 14 mil 800 para 13 mil 500 kwanzas.
A ANIESA fez ainda saber que foram lavrados termos de compromisso com os armazenistas para evitarem a prática da especulação de preços, sendo que o não cumprimento resultará na instauração de competentes processos crimes e administrativos.
“Os infractores podem incorrer na suspensão temporária das actividades, sem se afastar das pesadas multas que poderão chegar a mais de 100 milhões de kwanzas”, ressalta-se a nota.
