Benguela – Os antigos trabalhadores da extinta África-Textil têm a sua situação "acautelada" pela nova entidade gestora daquela unidade fabril, a empresa zimbabwena “Baobab”, uma vez que o caso foi colocado na mesa de negociações durante o processo de privatizações, informou hoje, quinta-feira, a governadora em exercício, Deolinda Valianguala.
Segundo a governante, a situação dos antigos trabalhadores foi levantada durante o período de negociações, porque, para o governo, o que está em causa é a garantia das condições de dignidade das pessoas.
Avançou que os novos gestores deverão chegar ao país até 15 de Dezembro para a recepção oficial daquele empreendimento que conta com uma fábrica de fiação, outra de tecelagem e uma terceira de confecções, ambas equipadas com máquinas de última geração.
Deolinda Valiangula afirmou que as autoridades sabem que, tendo em conta a qualidade dos equipamentos, um mínimo de 100 postos de trabalho estão assegurados, naquilo que considerou de um “monstro adormecido”, a julgar pela capacidade dos equipamentos instalados.
Em recentes informações prestadas ao titular da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, o director industrial da empresa ainda gestora, Hiroxima Yamamoto, deu a conhecer que só em termos de consumo energético, quando em funcionamento, a África Têxtil vai precisar de 9 Megawatts de corrente eléctrica para atingir a sua plenitude.
Para o responsável sindical, Rogério Cabral, neste momento somam-se 435 trabalhadores da antiga África Têxtil, número que não inclui os mais recentes ao serviço da Alassola S.A que desde 2016 geriu a fábrica.
Os antigos trabalhadores da África Têxtil têm estado a reivindicar o pagamento dos seus subsídios, através da realização de acções de protestos, vigílias entre outras formas de manifestações, cuja última vigília esteve para acontecer a três deste mês de Novembro.