APIMA destaca vantagem do cadastro de imóveis para tributação fiscal

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 29 Fevereiro De 2024    14h30  
Arterias da cidade de Luanda
Arterias da cidade de Luanda
Francisco Miúdo

Luanda - O presidente da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola(APIMA), Massada Culembala, encorajou, esta quinta-feira, o Estado a proceder o cadastro e regularização dos imóveis a nível nacional para uma maior arrecadação de receitas.

O responsável, que falava à imprensa, à margem do primeiro congresso de “Direito Imobiliário Angolano”, promovido pela empresa LINEAR Comunicação, referiu que 80 porcento do património do Estado não esta cadastrado e legalizado, o que tem permitido, em muitos casos, à fuga ao fisco.

“A falta de legalização e cadastro permite que quem vende ou aluga, dentre outras, não realiza as obrigações fiscais, perdendo o Estado com a arrecadação de receitas e, por outra, dificulta o trabalho do mediador, a concessão de créditos bancários habitacional, dentre outros”, salientou.

O cadastro e a legalização, apontou, é uma caracterização de transparência e de segurança jurídica muito importante.

Conforme Massada Culembala, o Estado deve cadastrar e legalizar o seu património, inserir no sistema tributário e assim poderá identificar os proprietários e auferir se é uma empresa ou pessoa singular.

APIMA, disse, compete apenas fazer registo das pessoas físicas e jurídicas do sector, bem as empresas imobiliárias angolanas e estrangeiras.

Por outro lado, o responsável defendeu a criação de um instrumento regulador da profissão do corretor imobiliário e atribuição da carteira profissional, para organização do sector no país.

A APIMA controla 67 empresas e cerca de 20 mil pessoas individuais do sector.

Por sua vez, o director-geral da empresa LINEAR Comunicação, Alberto Domingos, sublinhou que uma das principais dificuldades encontradas pelos profissionais do sector imobiliário é a falta de regularização dos imóveis para facilitar na transacção de venda ou aluguer do imóvel.

“ Muitos imóveis no país não possuem direito de superfície e podemos dizer que são de ocupação ilegal ou não estão regularizados, até mesmo algum património do Estado”, realçou.

Defendeu ainda a criação de uma agência reguladora e fiscalizadora das actividades imobiliárias a nível do país.

O evento, que conta com seis oradores nacionais, visa promover as boas práticas jurídicas no sector imobiliário e consciencializar clientes e mediadores, que existe uma responsabilidade jurídica antes, durante e depois da compra de algum imóvel.

Participam do congresso de um dia, mais de 150 profissionais  entre juristas e mediadores, bem como representantes de empresas ligadas ao sector imobiliário.ASS/AC





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