Ramiros - Armadores de pesca artesanal do Bairro do Buraco, na comuna do Mussulo, município do Talatona, clamam por apoios para aquisição de mais embarcações e material de captura para o reforço da actividade.
Neste momento, o sector conta com 45 armadores legais distribuídos em três cooperativas de pesca artesanal e mais de 100 trabalhadores.
Os mesmos capturam diariamente cerca de dois mil kilogramas de peixes diversos, com realce para corvina, linguado, sardinha, cachucho, santo antónio, pargo e bacalhau.
Falando hoje, quinta-feira, à ANGOP, o presidente da Cooperativa de Pesca Artesanal “ Hady Wabo” (língua nacional quimbundo em português Sofrimento Acabou), Francisco João, disse que cada associação necessita de mais quatro embarcações e os respectivos motores de 40 cavalos (avaliado em três milhões de kwanzas no mercado nacional).
Fez saber que se debatem com outros constrangimentos, deste o deficiente fornecimento de energia eléctrica, água potável, uma única bomba de combustível na localidade e de material de rede(malha de 2 a 2,5).
Por sua vez, o armador Izaul Marcolino, da Cooperativa Mundo Verde, apontou como outra preocupação o surgimento de embarcações de pesca industrial e semi-industrial, que operam dentro das quatro milhas náuticas, limite para embarcações artesanais.
Qunitino Manuel empresário do ramo das pescas confirma a existência de embarcações de grande porte no território do mar, limitado para pesca artesanal, as quais arrastam o material, como redes, dos armadores tradicionais.
A região do Buraco conta a instalação de uma pequena fábrica de gelo, numa câmara frigorífica, instalado no Centro de Apoio aos Pescadores, criado há três anos, e que funciona com dificuldades, devido o deficiente fornecimento regular de energia eléctrica.
O bairro do Buraco tem pelo menos 500 habitantes.
