Artesão clama por fábrica de curtume no país

     Economia           
  • Luanda     Sábado, 13 Maio De 2023    20h36  

Viana - A falta de fábrica de curtume no país tem sido um “calcanhar de Aquiles” para os artesões de nacionais,  informou na sexta-feira, um dos vários expositores da Feira Agro-industrial de Viana, em Luanda, Admar de Jesus Andrade.

Curtume são operações de processamento do couro cru e, por extensão, ao local onde este processamento é feito.

O artesão, que é proprietário de uma casa de calçados artesanais, esclarece que  trabalha com 90 por cento do  couro proveniente da República da Namíbia, enquanto dez por cento é nacional.

" O cortume nacional é produzido apenas de uma maneira artesanal, infelizmente, porque nós não temos uma fábrica de curtume em Angola”, frisou.

O artista fabrica sapatos, chinelas, sandálias, pulseiras, carteiras, pastas, mochilas e materiais reciclados (pasta de coco, múcua, cabaça), produtos que são feitos em couro.

Indicou que a sua aparição na II edição da Feira, já tem efeitos positivos, pelo facto de estreitar parceria com o Instituto de Desenvolvimento Industrial e Inovação Tecnológica, adstrito ao Ministério da Indústria e Comércio,  a quem manifestou a sua preocupação sobre a inexistência de uma fábrica de cortume em Angola.

“Estamos felizes porque nas feiras ganha-se parcerias, fecha-se negócios, vende-se a retalho e a grosso para quem queira vender os nossos produtos”, frisou.

De acordo com o artista, o curtume é a indústria que transforma a pele, que é a matéria-prima essencial, e a partir desta exposição vai trabalhar em projectos para que haja empresários a invistirem na área.

Admar de Jesus Andrade fez saber que no
país existem aproximadamente 120 artesões,  na se sua maioria idosos localizados nas províncias de Benguela, Huíla, Uíge, Namibe, Luanda, Cuanza Norte, Cabinda e Malanje.

A II edição da feira agro-industrial de Viana termina no  domingo. AA/PA/AC

 

 

 





+