Luena – O atraso que se regista na emissão das licenças para a exploração da madeira constitui a principal preocupação apresentada, nesta quinta-feira, no Luena, pelos empresários do ramo ao secretário de Estado para as Florestas do Ministério da Agricultura, Andrê de Jesus Moda.
Durante um encontro que visou auscultação das principais preocupações dos empresários do sector, essa classe pediu ao executivo a acelerar o processo de licenciamento das empresas.
Para o presidente da Associação Provincial dos Madeireiros no Moxico, Frederico Salvador, o atraso do licenciamento tem provocado vários constrangimentos na planificação da exploração da madeira.
Outra preocupação levantada pelo responsável prende-se com a dificuldade da transportação da madeira para as zonas de comercialização, principalmente, embaraçada pela Polícia Nacional.
Solicitado, de igual modo, a construção de um enterposto de madeira no Moxico para facilitar a venda do produto sem grandes constrangimentos.
Relativamente as madeiras não declaradas, Frederico Salvador sugeriu uma negociação entre o Estado e os empresários locais no sentido de as recuperá-las, com o intuito de beneficiar todas as partes envolvidas.
Por sua vez, o secretário de Estado para as Florestas, Andrê de Jesus Moda, reconheceu o problema do atraso no licenciamento da actividade causada por questões administrativas.
Disse que, para redimir o referido caso, o Ministério da Agricultura e Pescas decidiu prolongar o ano florestal, com término previsto para o corrente mês de Outubro, passando para 31 de Janeiro de 2022.
Quanto às dificuldades registadas na transportação da madeira para as zonas de comercialização, disse que está agendado um encontro com a Polícia Nacional e outros organismos administrativos da província, com vista a se ultrapassar o referido problema.
Na ocasião, o responsável disse que está aberto um período de 14 dias para que as empresas procedam a declaração da quantidade e espécie da madeira escondida no campo, junto ao gabinete provincial da Agricultura, para que o Estado adopte medidas que possam beneficiar também os empresários.
Durante a sua intervenção, reafirmou que a exploração da madeira da espécie mussive, suspensa desde 2018, continuará proibida, alertando que vai responder à justiça quem assim o proceder.