Autoridades tradicionais apelam para adesão ao Censo

     Economia           
  • Huambo     Quinta, 22 Fevereiro De 2024    18h13  
Soberanos e sobas grandes
Soberanos e sobas grandes
Zeferino Zinga-ANGOP

Huambo – Autoridades tradicionais da província do Huambo apelaram, esta quinta-feira, à adesão massiva dos cidadãos ao Censo Geral da População e Habitação previsto para este ano, para maior assertividade e inclusão das políticas públicas do Executivo.

Em declarações à ANGOP, a propósito da preparação do processo censitário, com início marcado para 19 Julho, consideram ser uma iniciativa do Governo angolano, que vai desenvolver as comunidades locais, em alinhamento com a boa governação e a disseminação de informações fidedignas sobre a realidade do país.

O rei do Huambo, Artur Moço, disse que a população precisa contribuir, de forma harmoniosa e pacífica, no bom andamento do Censo Geral da População e Habitação, por ser crucial na promoção do bem-estar das comunidades.

Nas comunidades, lembrou, os sobas começaram, desde 2023, a sensibilizar a população para a boa recepção dos agentes censitários, que vão recolher, entre outros, os dados sobre as famílias, habitações e o estilo de vida, com foco na melhoria das condições de vida.

O soberano frisou que, no que depender das autoridades tradicionais, enquanto transmissores das políticas do Estado angolano nas comunidades, tudo está a ser feito para que o evento corra na normalidade e sem qualquer constrangimento, para se atingir os objectivos preconizados.

Para o rei do Sambo, Mariano Sampaio Paquissi, todos cidadãos precisam estar unidos e mobilizados a favor deste processo, que vai permitir saber a real previsão da população no país, para auxiliar o Governo na definição de políticas assertivas.

Sublinhou que, para uma boa administração, é importante que as autoridades governamentais saibam o número de habitantes existentes, como e onde vivem, visando a boa execução das políticas públicas e melhor distribuição da riqueza.

Por seu turno, o soba grande do sector das Cacilhas, Moisés Cuvíngua, disse ser necessário que todos, independente da sua zona de origem, estejam consciencializados sobre as vantagens do Censo Geral da População e Habitação 2024, para se evitar falhas durante as actividades.

Adiantou que todos os sobas do seu sector estão orientados a sensibilizar a população, nos vários encontros nas comunidades, para que recebam, sem constrangimentos, os inquiridores do Censo.   

Para o regedor do sector Joaquim Kapango, Abílio Pedro, é crucial que todos estejam alinhados numa governação assertiva, que se consubstancia na boa planificação dos bens a alocar nas comunidades, em função da densidade populacional.

O regedor do sector Comandante Vilinga, José Mário Pagador, disse que o trabalho da mobilização dos cidadãos deve envolver todas as franjas sociais, para que o Governo angolano elabore os dados estatísticos reais.

O Censo Geral da População e Habitação 2024 será o terceiro na história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da independência de Angola, enquanto o segundo decorreu em 2014.

O processo vai permitir com que se saiba, com precisão, o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde vivem e como vivem. Com esta informação, poderá haver melhor planificação e distribuição dos serviços essenciais para todos os angolanos. ZZN/JSV/ALH





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