Barragens de Nduê e Calucuve em fase de escavação

     Economia           
  • Cunene     Sexta, 17 Fevereiro De 2023    13h28  
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Estado de execução da barragem do Ndué na província do Cunene
Estado de execução da barragem do Ndué na província do Cunene
José Cachiva-ANGOP
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Estado de execução da barragem do Calucuve na província do Cunene
Estado de execução da barragem do Calucuve na província do Cunene
José Cachiva-ANGOP

Ondjiva- O processo de construção dos projectos hidráulicos das barragens do Nduê e Calucuve, dois dos cinco projectos estruturantes de combate à seca na província do Cunene, encontram-se em fase de escavação da albufeira.

A constatação é do secretário do Presidente da República para o Sector Produtivo, Isaac dos Anjos, durante uma visita, essa quinta-feira,   que visou avaliar o estado de execução dos projectos.

Consignadas em finais de Outubro de 2021, as barragens de Nduê e Calucuve  figuram nos projectos 2 e 3, que vão permitir a acessibilidade de água para as populações, abeberamento do gado e prática da agricultura irrigada.

As mesmas têm por finalidade garantir a qualidade de abastecimento de água às populações, estando previsto satisfazer as necessidades de mais de 135 mil pessoas e 182 000 cabeças de gado.

Na ocasião, o fiscal da obra da barragem do Nduê, Miguel Costa, disse que a empreitada apresenta um grau de execução física de 15 por cento, com o pagamento adiantado.

Disse que após o processo de escavação, dar-se-á início a construção da barragem e posterior subida dos aterros e construção dos órgãos hidráulicos.

O director de fiscalização da barragem de Calucuve, Vasco Costa, disse que a obra encontra-se a 7,5 por cento de execução física com os trabalhos de escavação dos canais, realizado o estudo geotécnico, desmatação, saneamento da barragem.

Após a desmatação, limpeza e saneamento da zona, acrescentou, iniciar-se à execução das cortinas de injecção do fundo da barragem e  execução da galeria de fundo.

Por seu turno, o secretário de Estado das Águas, Manuel Quintino, disse que os projectos vão permitir acumular volume de água para combater o défice hídrico nesta região.

Disse que a intenção é criar reservas de água para satisfazer as necessidades das populações locais, abeberamento do gado e actividade agrícola.

De acordo com o secretário de Estado, numa primeira fase o projecto vai limitar-se na construção das duas barragens para garantir a retenção e reserva de água e a posterior os canais condutores e respectivas chimpacas.

Informou que a tomada de água no Nduê será a jusante da barragem que seguir-se-á os canais condutores e chimpacas, enquanto no Calucuve água será levada através do perfilamento do rio até a Mupa numa extensão de 70 quilómetros.

Da Mupa, acrescentou que será efectuada uma tomada de água para o canal e as respectivas chimpacas até à proximidade de Ondjiva.

Manuel Quintino manifestou-se satisfeito com o arranque dos trabalhos, onde foram definidos os eixos das duas barragens, prospecção geológica e geotécnica, estaleiros montados.

“Pensamos que dentro de dois a três meses o processo de construção do levantamento do corpo das barragens, será efectivado na perspectiva das obras serem concluídas até 2025”, sublinhou.

Calucuve e Nduê garantem 245 milhões de metros cúbicos de água

Com a implementação dos projectos 2 e 3, espera-se o armazenamento de 245 milhões de metros cúbicos de água para as necessidades das populações, gado e actividades agrícolas.

O projecto 3, a construção da barragem do Ndué, é um empreendimento liderado pela Synohidro Angola, com o prazo de construção de 30 meses, e um orçamento estimado em cerca de 192 milhões de dólares.

Será uma barragem de terra com 26 metros de altura e com volume de armazenamento de 145 milhões de m3 de água, no rio Caiúndo ao montante do Ndué.

Em construção na bacia hídrica do Cuvelai, Nduê terá uma rede de canais adutores de 75 quilómetros e mais 15 chimpacas.

Já o Calucuve é uma barragem de terra, de 19 metros de altura e um volume de armazenamento de 100 milhões m3 de água.

O orçamento do projecto ronda os 177 milhões de dólares, tendo como empreiteiro responsável o consórcio das empresas Omatapalo-MotaEngil, e o prazo de execução da obra é de 20 meses.

Também chamada de barragem 128, está associada a uma rede de canais, com uma extensão de 111 quilómetros e mais 44 chimpacas.FI/LHE/PPA

 

 

 





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