Ndalatando – O Banco de Comércio e Indústria (BCI) encerra definitivamente, a partir do dia 07 deste mês, a sua dependência na cidade de Ndalatando, transferindo as contas domiciliadas no local para a agência de Malanje.
Uma nota da instituição adianta que esta medida surge em sequência da privatização do banco e visa criar mais comodidade, conforto e fortalecer a relação com os clientes.
O documento da conta que esta medida faz parte de outras, não referenciadas, com o fim último de alcançar a satisfação dos clientes, que considera “os maiores activos da empresa”.
A decisão do BCI esta a causar transtornos aos clientes em Ndalatando, principalmente, aos que têm o salário domiciliado nesta dependência por dificuldade de fazer movimentos, uma vez que não emite cartões multicaixa há mais de dois meses e com frequência tem problemas de comunicação.
No entanto, apesar da data para o encerramento da dependência estar marcada para o dia 07 de Novembro, há cerca de um mês que não presta serviços de forma continuada e completo aos clientes, por dificuldades de comunicação.
Os clientes mostram-se também constrangidos em função da distância entre a cidade de Ndalatando e Malanje, cerca de 190 de quilómetros e o preço do transporte varia entre quatro a cinco a mil kwanzas.
Para António Sebastião, numa altura em que se trabalha para o desenvolvimento da província, o normal seria a abertura de mais dependências bancárias e não o encerramento, por na província existirem poucas instituições financeiras.
Alguns clientes queixam-se de desfalque nas contas, como a jovem Jurema Matias, que beneficiou de um deposito de 15 mil kwanzas, depois de ter retirado 3500, ficou sem valores.
A mesma situação aconteceu com António Rosário que tem o salário domiciliado nesta dependência que depois de dois movimentos notou que faltava três mil kwanzas na conta.
Na província no Cuanza Norte o BCI tem, actualmente, um posto de atendimento na cidade do Dondo, município de Cambambe.
A cidade de Ndalatando conta com dependências do bancos Africano de Desenvolvimento (BAI), Sol, Millenium Atlântico, de Fomento Angola (BFA) e de Poupança e Crédito (BPC).
O Banco de Comércio e Indústria antes uma empresa pública, foi vendido em 2021 ao Grupo Carrinhos.