Caxito - A cooperativa de pesca “Ngando”, da localidade do Úlua, na província do Bengo, ganhou nesta sexta-feira 15 mil alevinos e ração animal, no âmbito do fomento da aquicultura comunitária.
Paralisado há cerca de dois anos, o projecto não se desenvolveu devido a má gestão e a pandemia da Covid-19.
Em declarações à imprensa, a secretária de Estado das Pescas, Esperança Maria da Costa, explicou que a entrega dos alevinos é o cumprimento de uma promessa feita de repovoamento dos 15 tanques, com mil alevinos cada, num total de 15 mil, acompanhado com a ração adequada para o desenvolvimento do peixe nesta fase.
O processo vai ser vigiado e acompanhado periodicamente, assim como terá todo apoio das equipas técnicas da Direcção Nacional de Pescas e Aquicultura, para que não falte a ração e possa cumprir o ciclo de desenvolvimento, para daqui há 4 e 5 meses se faça a despesca.
Para o reinício do projecto, apontou, foi feita a formação prévia de gestão sobre negócios, dirigida às comunidades locais, cabendo agora ao Governo provincial do Bengo, por intermédio do INAPEM, municiar a comunidade, com mais acções formativas para garantir a sustentabilidade do projecto.
“Penso estarem aqui colocados todos os pressupostos para o desenvolvimento deste projecto que cria mais postos de trabalho e melhora a dieta alimentar e nutricional da comunidade. Desta forma, estamos a fortalecer as comunidades e criar mais resiliência para as populações”, ressaltou.
Esperança da Costa recomendou a comunidade do Úlua, no sentido de fazer uma boa gestão, para depois conseguir sustentar o projecto com o envolvimento de todos membros.
O vice-governador provincial para o Sector Político, Económico e Social, José Francisco Bartolomeu Pedro, assegurou que vai trabalhar como o sector das infra-estruturas para melhorar os 28 quilómetros da via que liga a estrada nacional (EN-100) ao Úlua, de forma a facilitar o escoamento da produção agrícola e da aquicultura.
O coordenador da cooperativa “Ngando”, Francisco Fernando, prometeu trabalhar com o apoio da comunidade para cuidar e preservar o projecto e garantir a sua sustentabilidade, para que não volte a paralisar como aconteceu no passado recente.
A cooperativa de pesca “Ngando” do Úlua controla 15 gaiolas e 28 associados, dos quais oito mulheres e 20 homens.
Com uma extensa lagoa, a localidade possui uma população estimada em 869 habitantes, maioritariamente que se dedica a pesca artesanal e agricultura de subsistência.
