Peste mata porcos no Bengo

     Economia           
  • Bengo     Segunda, 12 Julho De 2021    13h13  
Criação de suínos (Foto ilustração)
Criação de suínos (Foto ilustração)
Kinda Kyungu

Caxito - Mais de 500 suínos morreram, desde Março deste ano, no município do Dande, província do Bengo, por uma doença ainda desconhecida, informaram hoje criadores da região.

Os criadores, que apelam a intervenção das autoridades, acreditam que se trata da Peste Suína Africana, mas sem exames laboratoriais não têm como confirmar e dizem ser a segunda vez que tal peste afecta os animais, depois de ter acontecido em 2019.

Adelino dos Santos, criador de porcos, refere que perdeu mais de 400 porcos num só mês e ressalta que os prejuízos são na ordem dos três milhões e 500 mil Kwanzas.

Mário Martins, fazendeiro, relata que perdeu 45 porcos e que os sintomas são a falta de apetite dos porcos, emagrecimento rápido, que culmina com a morte dos animais.

O fazendeiro afirma que pondera abandonar o negócio da criação de porcos, pois é uma actividade onerosa e a peste acarreta grave prejuízos.

Aconselha que se faça um estudo para determinar as causas da morte dos animais.

Por sua vez, a chefe do Departamento de Veterinária do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas do Bengo, Ana Maria, não confirmou, nem negou a existência da peste suína africana no Bengo, uma vez que os criadores não têm notificado as autoridades para que se faça a colheita de amostras para enviá-las para os laboratórios e certificar a doença.

A peste suína africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae. A doença não acomete o homem, sendo exclusiva de suínos domésticos e asselvajados (javalis e cruzamentos com suínos domésticos).

O índice de mortalidade depende da forma clínica apresentada, mas pode chegar a 100% na forma aguda.

Não existe vacina comercialmente disponível. A prevenção em países livres da doença depende de políticas de importação rigorosas, garantindo que nem os suínos vivos infectados, nem os produtos de origem suína oriundos de países ou regiões afectadas pela PSA sejam introduzidos em áreas livres.

Não existe tratamento. É recomendada a eliminação do rebanho infectado e exposto ao vírus.

Em casos suspeitos deve-se contactar imediatamente o Serviço Veterinário.

 

 





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