Workshop recomenda aumento de recursos do OGE para sector produtivo

     Economia           
  • Bengo     Sexta, 30 Julho De 2021    18h50  
Presidente da República, João Lourenço, recebe presidente da Comissão da União Africana
Presidente da República, João Lourenço, recebe presidente da Comissão da União Africana
Pedro Parente

Caxito – O aumento da quota do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o sector produtivo e a dinamização das escolas de campo agrícolas foram uma das recomendações saídas do workshop regional de Segurança Alimentar, que decorreu de 27 a 29 , na província do Bengo.

O encontro, de três dias, permitiu  aos  técnicos ter uma visão consolidada sobre a situação alimentar e nutricional do país,  bem como a necessidade da tomada de medidas estruturantes para reverter o actual estado de insegurança alimentar que Angola enfrenta.

Os participantes identificaram os constrangimentos no desenvolvimento do sistema alimentar como a carência de pastos e água, devido à falta de chuva na região litoral e sul, o abate indiscriminado de árvores, a caça furtiva, a falta de sementes certificadas e melhoradas, entre outras.

Concluíram também haver fraca disponibilidade de insumos para o sector produtivo, elevadas perdas durante e pós-colheita, falta de reservas alimentares, fraca actividade de investigação e divulgação dos resultados para o sector produtivo.

Por isso, apontaram como desafios a capacitação contínua dos técnicos do sector, a facilitação do acesso as divisas para a importação de insumos agropecuários e a promoção do surgimento de empresas âncoras, para a formação de parcerias com os  agricultores familiares.

Na cerimónia de encerramento, o secretário de Estado para as Florestas, André de Jesus Moda, apelou à união dos esforços para combater a pandemia da fome e a pobreza no país e o uso racional dos recursos para evitar que pessoas morram por causa da fome.

Por sua vez, o vice-governador para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas do Bengo, Agostinho da Silva, considerou que a erradicação da fome e a redução significativa da pobreza em Angola depende da conjugação de esforços dos diversos actores que intervêm no processo.

 





+