Catumbela – Pelo menos 228 toneladas de frutas diversas, produzidas na província de Benguela, foram exportadas em 2020 para Namíbia, soube hoje a Angop
Para o mercado namibiano foram enviadas 174 toneladas de banana de mesa, incluindo quatro de banana pão, 30 toneladas de ananás, 18 de papaia e 2,8 toneladas de maracujá.
Numa parceria com a firma DT Agro, no perímetro agrícola da Catumbela, a empresa Helinamachi, sediada na província de Luanda, encarregou-se do processo de exportação das frutas de Benguela para o país vizinho.
O chefe de departamento local da Agricultura, Gabriel Martinho, enalteceu o potencial dos produtores de Benguela na cultura de frutas para dinamizar as exportações, que ainda "caminham de forma tímida".
A intervenção da DT Agro, disse, foi determinante, já que, para além da banana, papaia e maracujá que produz, também ajudou na exportação de produtos de outros agricultores da província, como o ananás da comuna do Monte Belo, município do Bocoio.
Segundo afirmou, essa firma, com 80 hectares cultivados, tem uma infra-estrutura e tecnologia moderna que possibilita uma preparação adequada das frutas para a exportação, já que o mercado regional é muito competitivo e exigente em termos de qualidade.
Encorajou, por isso, os produtores locais a continuarem a fazer “bem o trabalho de casa”, apostando no aumento e na melhoria da produção de hortofrutícolas, para fazer face aos desafios do mercado regional.
Um dos produtores benguelenses, que espreita o mercado regional, com primazia para a África do Sul, é Gil Oliveira, proprietário da fazenda Sai-Frutos, no vale agrícola do rio Cavaco.
Para isso, aposta na produção da papaia brasileira, numa área de cinco hectares, dos 46 disponíveis na sua propriedade.
O próximo desafio é a exportação, como atestou o produtor, que já colheu mais de 150 toneladas de papaia em 2020, resultados que o estimulam a expandir a produção para mais quatro hectares.
Ao que a Angop apurou, por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, o processo de exportação das frutas de Benguela encontra-se praticamente parado, este ano.
Desde 2016, a banana de Benguela entrou na rota das exportações angolanas para o mercado português, num processo que arrancou na fazenda Agro-Industrial Bacelinho, na comuna do Culango, município do Lobito.
Um ano depois, em 2017, seguiu para Portugal um lote de 35,7 toneladas de mangas, produzidas na fazenda do agricultor Victorino Marques, no Dombe Grande, como resultado de uma parceria com uma empresa portuguesa, ligada ao comércio internacional de hortofrutícolas.
