Bispo destaca vantagens da eliminação gradual da subvenção aos combustíveis

     Economia           
  • Malanje     Quarta, 21 Junho De 2023    14h25  
José Kipungo, bispo da Igreja Metodista Unida da Conferência Anual do Leste de Angola
José Kipungo, bispo da Igreja Metodista Unida da Conferência Anual do Leste de Angola
Aurélio Cua-ANGOP

Malanje- O bispo da Igreja Metodista Unida do Leste de Angola, José Kipungo, destacou hoje que o corte gradual da subvenção aos combustíveis vai reforçar a intervenção do Executivo na melhoria do padrão de vida das famílias mais vulneráveis.

Para o religioso, a medida vem ainda trazer mais “fôlego” financeiro ao governo, o que permitirá aumentar os investimentos na construção de estradas, escolas, hospitais e outros equipamentos sociais, para além da dinamização de projectos que concorrem para a promoção da justiça social.

Em entrevista à ANGOP, a propósito do impacto da eliminação gradual da subvenção aos combustíveis, José Kipungo considerou a medida acertada, justificando que o actual contexto de escassez de recursos exige a supressão do subsídio para melhorar a despesa com o sector social.

Por outro lado, o prelado chamou atenção aos operadores que continuam a beneficiar de subvenção da gasolina, com realce para os taxistas e mototaxistas, no sentido de evitarem especular preços da corrida e outras práticas fraudulentas.

Defendeu igualmente a contínua sensibilização da população, de modo a estar cada vez mais informada sobre a referida política económica.

Por sua vez, o economista Francisco Tavares mostrou-se também a favor da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, porquanto limitava os gastos com infra-estruturas sociais.

Lembrou que o Estado subvencionava os combustíveis inclusive para actividades não produtivas e deslocadas à garantia do bem-estar comum.

Reiterou a permanente sensibilização dos cidadãos sobre o processo como sendo a melhor forma de combater à desinformação e evitar a especulação de preços.

A medida de eliminação gradual da subvenção aos combustíveis incide inicialmente sobre o preço da gasolina, que passou a custar 300 kwanzas, contra os anteriores 160.

Porém, mantém-se os subsídios à gasolina para os taxistas, moto-taxista e outros operadores do sector agrícola e pesqueiro, devidamente cadastrados e licenciados.

Estima-se que o Estado angolano desembolsou, de 2020 a 2022, cerca de três bilhões 73 mil milhões de kwanzas para suportar as despesas com a subvenção aos combustíveis. ACC/PBC

 





+