BNA prevê inflação abaixo de 18% em finais de 2022

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 16 Setembro De 2022    14h14  
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Francisco Miúdo

Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê manter o ritmo descendente e terminar, em 2022, com uma inflação abaixo de 18 por cento, disse esta sexta-feira, em Luanda, o administrador Executivo do Banco Central,  Pedro Castro e Silva.

Falando à imprensa, à margem da auscultação dos principais operadores de importação e distribuição alimentar, destacou ser a primeira vez, nos últimos anos, que o país tem a inflação abaixo dos 20%.

Frisou que a redução resulta de vários factores, como maior oferta de bens alimentares e a estabilidade da taxa de câmbio.

Conforme Pedro Castro e Silva, em termos de importação de bens alimentares, de Janeiro a Agosto de 2022, foram gastos 2 mil milhões de dólares, registando um aumento de quase 50% se comparar com igual período de 2021, que rodava aos 1,7 mil milhões.

“É um dado importante, porque uma maior importação de bens alimentares aumenta a oferta e contribui para conseguirmos a manutenção dos preços”, reforçou.

O responsável frisou que, tratando-se de uma reunião com os importadores de bens alimentares, o BNA aproveitou a reunião para partilhar informação concreta e específica sobre os preços dos alimentos, bem como ouvir as contribuições dos importadores.

Segundo Pedro Castro e Silva, durante o encontro abordaram questões ligadas à inflação nos Estados Unidos e na Europa, já que Angola, sendo um país importador de bens alimentares, sente “o impacto da inflação mundial na nossa inflação interna”, bem como aspectos gerais sobre o funcionamento da banca, com incidência sobre as altas taxas de juros.

O empresário Amin Herji considerou um encontro interessante, tendo realçado que o diálogo entre o BNA e os empresários é fundamental, porque a economia privada gera emprego.  

“Estamos aqui para apoiar o desenvolvimento da economia, promover empregos e melhorar o poder de compra do cidadão. Recebemos informação da política de preço, estabilidade cambial e desenvolvimento das políticas que estão em curso”, reforçou.  

Já o administrador das Grandes Moeagens, César Rasgado, considerou o encontro positivo no sentido de perceber e rever os principais indicadores macroeconómicos que têm impacto na economia nacional.  

A inflação na economia angolana continua a assinalar uma trajectória de descida acentuada, tendo em Agosto reduzido 6,31 pontos percentuais, fixando-se nos 19,78 por cento, contra os 26,09 por cento de igual período do ano passado.





Notícias de Interesse

João Lourenço conversa com Azali Assoumani

Domingo, 26 Maio De 2024   15h26

Trajectória política da União das Comores

Domingo, 26 Maio De 2024   08h36

Comores - uma ilha perfumada

Domingo, 26 Maio De 2024   07h59

+