Luanda - A futura Bolsa de Diamantes de Angola deverá entrar em operações ainda este ano de 2022, reafirmou, hoje, no Dubai (Emirados Árabes Unidos), o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
“Apesar da pandemia da Covid-19, a Bolsa será constituída e inaugurada no edifício ENDIAMA/DEBEERS na capital Luanda”, disse o titular do sector, referindo que uma das funções desta será a licitação de diamantes, serviço relativamente novo no ramo.
Será gerida pela SODIAM e terá igualmente como objectivo disponibilizar uma plataforma neutra que canalize um fluxo regular de diamantes sob um único tecto, suportada por uma infra-estrutura e sistemas de segurança de ponta.
A propósito, explicou o governante, Angola realizou quatro concursos nos últimos dois anos (não mais pelo impacto do Covid-19 em 2020), tendo o leilão de Junho de 2021 obtido um volume superior a 45 milhões de dólares.
“O subsector dos diamantes mostra um excelente potencial e tem sido crucial na atracção de investimento directo estrangeiro para o país”, salientou, destacando que em 2021 a produção angolana de diamantes alcançou os 8,7 milhões de quilates.
Diamantino Azevedo garantiu que “não se permitirá a pandemia condicionar o plano de produção de diamantes, pelo que se criarão condições tecnológicas e humanas, para se atingir a previsão de 10,2 milhões de quilates, neste ano.
O governante angolano, que falava na Conferência de Diamantes do Dubai, precisou que o País pretende aumentar a frequência das licitações, daí que se está a concluir um processo de selecção de casas internacionais de licitações.
Deste modo, salientou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Angola terá licitações mais regulares, tendo em conta que o mercado foi testado nos últimos dois anos, porquanto, o objectivo é aumentar a frequência e o volume.
Acrescentou que “todos os diamantes brutos terão a possibilidade de passar por um processo de ebulição, que será realizado nas dependências da Bolsa”.
A Dubai Diamond Conference (Conferência de Diamantes do Dubai) teve início na última segunda-feira, reunindo operadores da indústria diamantífera mundial no Emirados Árabes Unidos.
Nesse evento internacional, Angola faz-se representar pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e de uma delegação que inclui as empresas do ramo Endiama, Catoca e Sodiam.
