Autoridades cancelam emissão de licenças a revendedores de combustíveis

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  • Cabinda     Terça, 02 Maio De 2023    16h48  
Camiões cisternas utilizados para o tráfego de combustível
Camiões cisternas utilizados para o tráfego de combustível
Pedro João

Cabinda - A administração municipal de Cacongo cancelou a emissão de licenças a dez dos 11 agentes revendedores de combustíveis existentes na comuna fronteiriça de Massabi, província de Cabinda.

A medida surge devido à prática de contrabando de combustíveis (gasolina, gasóleo e petróleo iluminante) para além da fronteira, concretamente para a vizinha República do Congo.

Em declarações à ANGOP, na Vila de Lândana, o administrador municipal de Cacongo, Armando do Carmo, disse não compreender como uma comuna com pelo menos seis mil habitantes e um parque rodoviário muito abaixo da sede municipal (Lândana) tenha mais de 10 agentes revendedores de combustíveis.

Para Armando do Carmo, há sempre falta de gasolina, gasóleo e petróleo iluminante na comuna, facto que dá indicadores de haver desvios de grandes quantidades de combustíveis, diariamente, para além fronteiras.

“Entendemos que essa é uma das formas de combater essa prática constante do tráfego ilegal de combustíveis para além das fronteiras. Cancelando, ao nível da administração municipal, a emissão das licenças aos dez agentes da comuna de Massabi”, sublinhou.

Quanto à comuna de Dinge, igualmente adstrita ao município de Cacongo, Armando do Carmo sublinhou não haver sinais ou anomalias que comprovam o desvio de combustíveis para além fronteira, mantendo assim os dois agentes licenciados a exercerem a sua actividade nos dois postos de abastecimento existentes.

Os agentes revendedores do Dinge, Maria de Fátima e João Bachi, afirmaram ser uma medida justa da administração municipal para vincar o combate a esse mal que data de longos anos.

Por sua vez, o regedor da comuna de Massabi, João Tati, revelou que muitos agentes da circunscrição traficam quantidades elevadas de combatíveis destinadas à população para a República do Congo, onde recebem quantidades de dinheiros, enganando as autoridades municipais e a população da comuna.

O magistrado do Ministério Público no município, João Manuel Prata, defende a revisão da pena a ser aplicada aos contrabandistas que insistem a desafiar as leis do país no tráfego ilegal e contrabando de bens do Estado.

Diariamente, três a quatro camiões cisternas carregados com combustíveis têm como destino os postos de abastecimento de combustíveis na comuna de Massabi, onde o produto não tem beneficiado os automobilistas e a população local.PL/PPA

 





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