Congo liberta pescadores angolanos após julgamento

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  • Cabinda     Sexta, 06 Agosto De 2021    13h12  
Pescadores de Cabinda resgatados no mar do Gabão
Pescadores de Cabinda resgatados no mar do Gabão
Angop/Cabinda

Cabinda - Os 42 pescadores angolanos detidos pelas autoridades de controlo marítimo na província de Ponta-Negra, República do Congo Brazzaville, nos dias 14 e 16 de Julho deste ano, já estão libertos.

Os cidadãos angolanos haviam sido detidos pelas forças da Polícia Marítima e Capitania congolesa, alegadamente por violação das águas territoriais marítimas congolesa e por desenvolverem a actividade piscatória junto de uma plataforma da petrolífera italiana ENI.

Após a detenção e apreensão das embarcações, os 42 pescadores foram encaminhados para uma cadeia prisional local, onde ficaram até ao dia 4 de Agosto, e, de seguida, julgados sumariamente num tribunal local, nessa quarta-feira. O tribunal condenou-os a pena de prisão suspensa de três meses e ao pagamento de multa no valor de 50 milhões de CFAs (moeda local) o equivalente a 57,1 milhões de kwanzas.

Em breves declarações à imprensa no posto fronteiriço do Massabi, por onde foram repatriados os pescadores, o Cônsul Geral de Angola para os departamentos (províncias) de Ponta-Negra e Kouilou, Samuel Cunha, que acompanhou o processo de julgamento e soltura, referiu que o julgamento foi célere, e que o mais importante é o regresso dos concidadãos ao país.

Ressaltou o papel dos membros do Consulado que  estiveram permanentemente a acompanhar o processo desde a detenção na cadeia prisional, onde se encontravam detidos os 42 pescadores, até ao tribunal local onde decorreu o julgamento que ditou a sentença de multa e pena suspensa.

Informou que o consulado providenciou apoio em vestuário e moral assim como criou condições de transportação que os permitiu chegar à fronteira angolana de Massabi, mesmo com as vicissitudes e entraves impostas pelas autoridades migratórias locais nos controlos, durante o percurso da cidade de Ponta-Negra (RC) à fronteira angolana de Massabi.

Para o diplomata, o incidente não vai pôr em causa ou beliscar as boas relações existentes entre as autoridades locais e o consulado angolano, nem com as autoridades angolanas na província de Cabinda. “ Os dois países têm relações de amizade de longa data bem como de cooperação que os dois países gozam e vivem ao mais alto nível”, sublinhou o responsável.

Quatro embarcações das seis que se encontravam em águas territoriais congolesas ficaram apreendidas sob custódia das autoridades congolesas com os meios, motores de popa, equipamentos de salvamento, artefactos de pesca, documentação pessoal dos pescadores e das embarcações, até que se faça o pagamento da multa.





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