Cadastro de 92 mil secções censitárias marca noticiário económico

     Economia           
  • Luanda     Sábado, 13 Abril De 2024    14h25  
Divulgação, Censo 2024
Divulgação, Censo 2024
Kinda Kyungu - ANGOP

Luanda – A informação de que o processo de actualização cartográfica em Angola, iniciado desde 2023, permitiu cadastrar cerca de 92 mil secções censitárias (90%) a nível do país, marcou o noticiário económico da semana que hoje, sábado, finda.

O mesmo, visa à realização do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo/2024), a decorrer de Julho a Agosto deste ano.

O facto foi revelado pelo porta-voz da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo/2024, Hernany Pena Luís, que considerou satisfatório o trabalho de actualização da malha  cartográfica, desenvolvido por agentes de campo nas 18 províncias do país, com apoio de diversas instituições  do Estado.

Destacou-se também a assinatura entre o Banco Nacional de Angola (BNA) e a Comissão de Mercado de Capitais (CMC) de um Memorando de Entendimento no domínio da supervisão das instituições financeiras bancárias que actuam no mercado de valores mobiliários e instrumentos derivados.

O acordo, rubricado pelo governador do BNA, Manuel Tiago Dias, e a presidente do Conselho de Administração da CMC, Andreia Simões, tem  como objectivo mitigar eventuais conflitos de dupla supervisão, definindo, formalmente, as directrizes para as acções de supervisão directa e indirecta, segundo o site do Banco Central.

Mereceu realce também na semana, a análise das políticas do fomento do crescimento socio-económico de Angola e a segurança alimentar nas 8ª Jornadas Técnico-Científicas da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto.

No evento de três dias, os académicos debateram diversos temas como Estratégias empresariais para a sustentabilidade económica, Sistema financeiro angolano e o desenvolvimento sustentável, Contributo da contabilidade e da auditoria para o bom funcionamento da economia e O capital humano e o desenvolvimento sustentável.

Os mesmos reflectiram igualmente sobre assuntos relacionados com a diversificação da estrutura produtiva, o impacto da agricultura familiar, o turismo como triunfo e desafio para o desenvolvimento de Angola, o papel do empreendedorismo na sustentabilidade da economia do país, financiamento sustentável em bolsa, entre outros.

Ressaltou-se ainda a divulgação dos vinte cinco mil milhões de kwanzas, disponibilizados pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), para o financiamento de três mil e 86 projectos de agricultura familiar no país, visando o aumento da produção.

A informação foi avançada, em Malanje, pelo administrador Executivo do FADA, Renato Baptista, durante o acto de entrega de tractores e moto-cultivadoras a cooperativas agrícolas locais, no âmbito do Programa de Mecanização da Agricultura Familiar.

As declarações do secretário de Estado adjunto da Agricultura do Brasil, Cléber Soares, no município da Quibala, província do Cuanza-Sul, de que o seu país vai formar parcerias para investir na agro-pecuária e produção alimentar, fez manchete igualmente.

A afirmação foi feita durante uma visita à Fazenda Santo António, tendo o dirigente brasileiro anunciado que ainda este ano será assinado um acordo com empresários locais nas áreas de produção alimentar, agropecuária e formação de técnicos ligados ao sector da indústria agrícola.

Não passou despercebida a previsão da valorização do Kwanza pelo Standard Bank, que revela que a depreciação da moeda nacional (Kwanza) poderá reduzir de 40%, registado em 2023, para 3% ao longo deste ano, facto que vai implicar ter uma taxa de câmbio estável e, consequentemente, registar-se uma valorização significativa do dinheiro angolano, face ao dólar norte-americano e o euro.

Essa perspectiva foi demonstrada esta quinta-feira, em Luanda, pelo economista-chefe do Standard Bank para Angola, Moçambique e República Democrática do Congo (RDC), Fáusio Mussá, que prevê o registo de um mercado cambial angolano relativamente estável durante este ano, em comparação ao ano passado.

O especialista, que falava durante a primeira edição do Briefing Económico/2024, sob o lema “A situação macroeconómica de Angola”, clarificou que o facto de se prever uma estabilidade da taxa de câmbio “não implicará ter uma normalidade no funcionamento do mercado cambial”, devido à contínua escassez de divisas.

Actualmente, um dólar vale cerca de 840 kwanzas, enquanto um euro equivale a 902 kwanzas, o que demonstra que a valorização da moeda nacional ainda continua aquém do esperado, comparativamente à moeda externa.

Foi noticiado também no Desk Económico que o grupo empresarial angolano Carrinho venceu duas das sete categorias da 10ª edição dos Prémios Sirius, evento que distingue o desempenho das organizações e personalidades no quadro das boas práticas de gestão e dos projectos com impacto socioeconómico no país.

Trata-se dos prémios Responsabilidade Social e Gestor do Ano, referente a 2023, atribuído ao presidente do Conselho Executivo da Carrinho, David Maciel, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, João Lourenço.

Noutro domínio, mencionou-se a afirmação da  ministra das Finanças, Vera Daves,  de que o Governo engaja-se continuamente para a apresentação das contas públicas a tempo e com qualidade, uma das metas a alcançar até 2026/2027.

A governante, que  falava nas jornadas comemorativas do 23º aniversário da criação do Tribunal de Contas, indicou que já se tem feito algum trabalho no sector empresarial público, mas que se deve continuar e reforçar.

Assegurou que a nível das unidades orçamentais existe já sensibilidade e consciência para este exercício de apresentação das contas, pelo que falta calibrar as componentes do tempo e da qualidade.

O outro pressuposto apontado pela ministra é a transparência, o que significa fazer melhor.ML/AC





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