Dundo - As previsões dos níveis de produção de diamantes na mina de Catoca, localizada na província da Lunda Sul, para este ano, estão a quem das expectativas, devido às limitações e/ou restrições impostas pela pandemia da Covid-19, revelou hoje o director-geral da empresa, Benedito Manuel.
Este ano, a maior mina de diamantes de Angola está a funcionar apenas com uma central de tratamento, o que diminui o volume de minério tratado de seis milhões de toneladas para quatro milhões e 800 mil - uma baixa de um milhão e 200 toneladas de minério em relação ao exercício de 2020.
O gestor, que prestou esta informação à margem da reunião de balanço do subsector dos diamantes, explicou que não há condições para alojar muitas pessoas na vila de Catoca por conta da Covid-19.
“ Com a força de trabalho que temos disponível só podemos operar com uma central de tratamento e somos obrigados a paralisar a outra, estando assim, limitados na capacidade de tratamento de minério e dificilmente atingiremos cinco milhões de toneladas como havia no período pré-covid”, aclarou.
Sem avançar dados comparativos, considerou de positivas as receitas arrecadas no primeiro semestre deste ano, que rondam os 390 milhões de dólares norte-americanos, fruto do aumento do preço do diamante por quilate.
Informou que o mercado registou um aumento no preço de diamantes de 110 dólares por quilates, em Janeiro, para os actuais 129,2 dólares norte-americanos.
Com 75 por cento dos diamantes angolanos, a Sociedade Mineira de Catoca, constituída pela Endiama (Angola), Alrosa (Rússia) e Lev Leviev International – LLI (China), é hoje a quarta maior mina do Mundo explorando a céu aberto.
O início da sua exploração mineira foi a 11 de Fevereiro de 1997, e hoje Catoca, com tecnologias de ponta, produz cerca de oito milhões de quilates/ano.
Tem uma extracção média de 10 milhões de toneladas de minério e 11 milhões de metros cúbicos de estéril, movimentando perto de 18 milhões de metros cúbicos de massa mineira.
Trata, em média, 1.335 toneladas/hora de minério, cerca de 10.6 milhões de toneladas/ano, com uma recuperação de 98,9 por cento de quilates.
Catoca é responsável por cerca de 90 por cento da produção de diamantes de Angola, maior empregador privado da Lunda Sul e parceiro económico e social do governo local.