Censo Piloto envolve 1.840 brigadistas em sete províncias

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 20 Julho De 2023    01h17  
Mesa de presídium do lançamento do Censo Piloto 2023
Mesa de presídium do lançamento do Censo Piloto 2023
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda - Quatrocentos e 61 agentes de campo e mais de 500 recenseadores vão assegurar a operacionalização do Censo Piloto/2023, iniciado esta quarta-feira (dia 19), em sete províncias, em antecâmara ao Recenseamento Geral da População e Habitação de 2024.

Para o efeito, foram formados também vários assistentes de níveis provincial, municipal e local, e destacados 114 motoristas, além de informáticos e outros técnicos, prevendo-se o envolvimento total de cerca de 1 840 elementos.

Essa informação foi avançada pelo director do Instituto Nacional de Estatística, José Calenji, sublinhando que os dados do Censo Geral de 2024 serão apresentados em duas fases: primeiro em três meses (os provisórios), e depois em 18 (os resultados definitivos).

Entretanto, essa fase experimental da referida operação estatística vai decorrer durante um mês em sete províncias, nomeadamente no Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda Norte e Uíge e 14 municipios previamente seleccionados.

Neste período, vai-se testar o nível de prontidão do pessoal e de todos os procedimentos associados à implementação operativa, logística, técnica-funcional e organizativa, para o êxito da acção no próximo ano.

Ao intervir, no acto de lançamento do Censo Piloto, o ministro de Estado da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, recordou que, em breve, Angola assinala os seus 48 anos de independência e vai realizar pela segunda vez o Recenseamento Geral da População.

O governante subinhou tratar-se de um marco fundamental para o desenvolvimento de qualquer Nação, e que dado o crescimento da população no país e a explosão demográfica que se regista, cabe ao Instituto Nacional de Estatística (INE) realizar a operação em todo o território.

"Com vista a assegurar todo o apoio ao INE e garantir-se as condições necessárias para o cumprimento desta missão, o Presidente da República, João Lourenço, ao abrigo do Despacho Presidencial nº 290/22 de 30 de Dezembro, criou uma Comissão, para preparar e fornecer dados de referência para os vários sectores da sociedade", adiantou.

A mesma, anunciou Francisco Furtado, deve igualmente garantir e preparar as condições técnicas, financeiras, materiais e logísticas para o Instituto, com o objectivo da realização do referido Censo, tendo em vista a visão estratégica do Executivo para o Censo Geral de 2024.

De acordo com o coordenador da Comissão, as informações recolhidas permitirão obter indicadores de “quem somos, quantos e como vivemos”, daí que apela a toda a sociedade a participar e contribuir no fornecimento destes dados importantes que os operadores censitários apresentarão no questionário sob o tema “juntos contamos por Angola”.  

Na ocasião, o responsável reconheceu a possibilidade de haver vários obstáculos, como a transmissão da informação e sensibilização da população, o processo da transumância, em algumas regiões, a língua na comunicação, a falta de rede eléctrica em certas zonas rurais, entre outros aspectos.

Já o ministro da Economia e Planeamento informou que para o Censo Piloto o Governo tem disponível cerca de 30 mil milhões de Kwanzas, que vão servir para a actualização cartográfica, e outros processos, que vão ajudar a quantificar melhor as receitas e recursos para cada região, programas e projetos para melhorar a vida da população.

Mário Caetano João reiterou a importância da realização desta operação na recolha de dados sobre o crescimento da população para pesquisas  sociológicas, económicas, estudos de mercados e outras intervenções na sociedade e na academia.

"Estes dados e informações ajudam a combater as desigualdades sociais e a promover o equilíbrio socioeconômico entre os cidadãos", disse o gestor público, na sua alocução na sessão de lançamento do Censo Piloto, esta quarta-feira, à noite, no Instituto Nacional de Estatística. 

Actualmente, passam-se 53 anos desde que Angola realizou já dois Censos Gerais da população e habitação, nomeadamente em 1970, na época colonial, e em 2014, após a independência nacional, sendo que o registo estatístico de 2024 será a terceira operação censitária que o pais realizará.

JD/MDS

 

 





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